Augusto Melo, presidente do Corinthians, durante jogo contra o Vasco, pelo Brasileirão
Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, instaurou nesta sexta-feira (30) o processo de destituição do atual presidente da diretoria, Augusto Melo. O requerimento foi entregue por lideranças do movimento apartidário do clube e protocolado no início desta semana.
Após analisar o requerimento assinado por 86 conselheiros, Tuma decidiu juntar o processo a um outro que já está em apuração pela Comissão de Ética, sobre o escândalo com "laranja" na comissão da ex-patrocinadora do Corinthians, a Vai de Bet. Por economia processual e dependência, julgo pertinente a juntada do presente requerimento em epígrafe àquele procedimento, uma vez que o conjunto probatório que pode ou não levar à destituição do dirigente máximo do Clube e de seu 2º Vice-Presidente é o mesmo em ambos os procedimentos. Por consequência, no meu sentir, ao atrair competência, o prazo procedimental deverá ser o mais estreito possível, até porque não é recomendável que a Instituição Corinthians permaneça sob a égide da insegurança jurídica e/ou dúvidas pairando sobre seus dirigentes, a causar severos danos. (Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo em despacho oficial)
A novidade neste processo, em relação ao que já existe, é da suposta agressão de Augusto a um torcedor do Cruzeiro, em julho deste ano. No documento redigido pelo presidente do CD, ao qual o UOL teve acesso, Tuma elenca os fatos. Veja os pontos: A entrevista do ex-Diretor de Futebol, Conselheiro Rubens Gomes, no programa "Mesa Redonda" da TV Gazeta em 05/05/2024; Reportagem veiculada pelo jornalista Juca Kfouri em 20/05/2024, intitulada "Provado: Tem laranja na intermediação Corinthians/Vai de Bet"; Esclarecimento de Alex Fernando André, ou Alex Cassundé, na Delegacia de Polícia sobre a suposta intermediação, segundo apurado pela imprensa e sua repercussão no âmbito Institucional; Briga do presidente com um torcedor rival [do Cruzeiro]. Agora, o processo passará pela Comissão de Ética, que tem cinco dias para comunicar o presidente do andamento do inquérito. Augusto terá mais 10 dias para apresentar sua defesa. Uma reunião extraordinária do Conselho será convocada após essas duas semanas para a votação do processo.