O Corinthians acertou nos últimos dias a venda do atacante Wesley para o Al-Nassr, em um acordo que girou em torno de R$110 milhões. No entanto, parte desse valor foi penhorada devido a processos movidos pelo empresário André Cury, que busca mais de R$30 milhões do clube. Por ordem da Justiça de São Paulo, o Al-Nassr terá que depositar em juízo R$14 milhões para obter a liberação de Wesley junto à CBF, sendo que uma parte deste valor foi bloqueada por conta do pedido do empresário.
O Corinthians tentou recorrer da decisão, mas o pedido acabou não sendo acatado, e agora o clube ainda pode buscar recursos em outras instâncias ou tentar um acordo amigável com o agente. As ações de André Cury atrapalham o Corinthians, que precisa do dinheiro para honrar compromissos, como o pagamento de salários, direitos de imagem e obrigações com fornecedores. Em três destes processos, o empresário conseguiu penhorar antecipadamente valores que o clube venha a receber por eventuais vendas de atletas.
Além de Wesley, o Timão não deve receber diretamente os valores de possíveis negociações de Yuri Alberto, Pedro Raul, Guilherme Biro e Giovane. O Corinthians também tem dívidas antigas com o empresário, que já conseguiu penhorar quase R$11 milhões em quantias que estavam disponíveis no cofre do clube.
No entendimento da Justiça, o Corinthians deveria arcar com o acordo que fez com Cury em 2023, mas isso aconteceu dias antes de encerrar a gestão à frente do clube. O empresário busca o pagamento de dívidas de direitos de imagem do Corinthians com atletas agenciados por ele. A situação coloca o clube em dificuldades financeiras, prejudicando o cumprimento de suas obrigações.
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