Ramón Díaz lida em 2024 com a mesma situação dramática enfrentada no ano passado: ter que salvar um clube gigante do rebaixamento da Série B do Brasileirão. Algumas circunstâncias entre o Vasco de 2023 e o Corinthians atual são parecidas, mas também há peculiaridades em cada caso. Para o treinador, uma das diferenças está no ataque. Na última temporada ele contou com um homem gol, o argentino Pablo Vegetti, e agora lida com a dificuldade da equipe para marcar. A falta de efetividade nas finalizações foi o principal tema da entrevista de Ramón Díaz após a derrota do Corinthians para o Fortaleza por 1 a 0, neste domingo, que manteve a equipe na zona de rebaixamento.
Ao ser perguntado sobre a necessidade de contratação de um atacante, ele afirmou: – É uma equipe completamente diferente (do Vasco). Na temporada passada tínhamos um goleador extraordinário em grande momento (Vegetti). Nesse grupo temos atacantes com muitas situações de gol, o que gera o grupo, o time, isso dá confiança. Não há tranquilidade, estamos preocupados, a equipe gera situações e claras, muito claras para resolver e não resolvermos. O que fazemos de nossa parte é dar confiança, tranquilidade, seguir trabalhando, para manter a tranquilidade – comentou o argentino.
No Castelão, as principais chances do Corinthians caíram nos pés dos centroavantes Pedro Raúl e Yuri Alberto, que não conseguiram aproveitar. – Realmente, a equipe vem fazendo um esforço enorme. Jogando três torneios e competindo da forma que vem fazendo. É uma lástima, porque tivemos ocasiões claras e não convertemos, foram ocasiões muito claras, a de Pedro e Yuri foram claras que o resultado poderia mudar. Futebol é assim, o momento que a equipe vem com muito entusiasmo, ímpeto, mas nunca deixa de baixar a quadra, isso não permitiria a equipe a chegar longe.
Situação no Brasileirão – Situação vermelha é que chegamos, está complicado. Quando chegamos estava mais complicada. Sabemos a situação que estamos e vamos brigar até o fim. Sigo tendo a mesma fé, porque viemos a jogar em um campo difícil, contra grande treinador e jogadores, e tivemos 11 chegadas a 6, quatro finalizações a seis. Quando a bola entrar, a gente está propondo, criando. A situação vermelha é preocupante, estava preocupante a partir do primeiro momento que pisamos. Tenho fé que as coisas vão mudar.
Esquema tático e falta de gols (Emiliano Díaz) – Tem que mudar o sistema quando não tem situações. Falta caprichar na hora de converter, mas os atacantes passam por processo. A partir do momento que a bola entrar, vai entrar. Ficaria preocupado se a gente não criava, falta um pouquinho de sorte. Quando a bola entrar, as coisas melhoram. Duelo contra o Fortaleza na Sul-Americana – Estamos pensando no Brasileirão. Depois sabe que teremos Juventude, não adianta ficar pensando, está longe. Sabemos que o Fortaleza é um grande rival, está brigando pelo título da liga, foi finalista da Sul-Americana na temporada passada. Brigamos de igual para igual, criamos situações e merecíamos mais. Temos respeito, mas na Copa é diferente, mata-mata, e vamos ver, quem tiver mais coragem vai levar.