Não é apenas dentro de campo que o Corinthians atravessa momento difícil. O clube fechou o primeiro semestre de 2024 com as contas no vermelho e viu sua dívida seguir em crescimento, chegando a R$ 2,15 bilhões. Balancete financeiro do Corinthians até junho deste ano aponta um déficit de R$ 30,3 milhões. No orçamento para o ano, o clube estimava ter um superávit de R$ 15,3 milhões no período. Ou seja, o resultado foi R$ 45,6 abaixo do previsto. Isso se deve, em boa parte, às despesas financeiras, que englobam o pagamento de juros e também de multas contratuais, como as dos técnicos Mano Menezes e António Oliveira e da ex-patrocinadora Pixbet. O clube estimava um gasto de R$ 43,6 milhões no semestre, mas ele foi mais do que o dobro: R$ 96,3 milhões. O Corinthians também faturou menos com patrocinadores do que o esperado. Tal arrecadação foi de R$ 105,3 milhões, contra R$ 125,5 milhões que estavam orçados. A dívida de R$ 2,15 bilhões é separada em duas partes: R$ 1,44 bilhão do passivo do clube (impostos, obrigações com fornecedores e outros clubes, etc) e R$ 710,1 milhões do financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal. Os dados constam de documento enviado aos membros do Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians que foi obtido pelo ge. A boa notícia fica por conta do lucro operacional no semestre, de R$ 65,9 milhões, R$ 6,9 milhões do que estava orçado. Colaborou para esse resultado a venda do meio-campista Gabriel Moscardo. No total, o Timão faturou R$ 118 milhões com transferências de jogadores no semestre. O departamento financeiro do Corinthians deve revisar o orçamento de 2024 em breve. O documento precisa ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube.
Evolução da dívida do Corinthians — Foto: Reprodução