A Justiça de São Paulo revogou nesta quinta-feira a decisão de bloquear R$ 12,4 milhões de uma conta do Corinthians na Caixa Econômica Federal. O valor está reservado para pagamento do financiamento da Neo Química Arena. O bloqueio aconteceu no fim da semana passada, devido a processo movido pelo empresário André Cury. O juiz Fábio Rogério Bojo Pellegrino acatou pedido da Caixa e do Corinthians , que argumentaram que a conta está alienada fiduciariamente ao banco. Em outras palavras, os R$ 12,4 milhões pertencem à instituição financeira, não ao Timão. Em 2022, quando renegociou o financiamento da arena, o Corinthians concordou em utilizar esta conta para receber receitas de direitos de transmissão de TV e cedê-la em garantia à Caixa. Este processo movido por André Cury é referente a direitos de imagem de ex-jogadores do clube agenciados por ele: Ederson, Otero, Cazares e Yago (goleiro). A Justiça determinou a penhora de R$ 14 milhões, mas não encontrou o valor total nas contas do clube. O empresário tem outras quatro ações contra o Corinthians , que totalizam cerca de R$ 30 milhões. Em um destes outros processos, André Cury também obteve decisão favorável na semana passada. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão que o Corinthians venha a receber com eventuais vendas de jogadores. As dívidas com o empresário vêm desde 2020 (no mandato de Andrés Sanchez), e foram repactuadas no ano passado pelo ex-presidente Duilio Monteiro Alves. Em uma de suas manifestações recentes à Justiça neste processo, o Timão reconheceu as dificuldades econômicas enfrentadas: – (O Corinthians ) Enfrenta uma conjuntura financeira delicada, herança da gestão anterior, que comprometeu substancialmente as contas do clube, resultando em uma dívida que alcança a casa dos bilhões – argumentou a defesa alvinegra. Apesar das disputas na Justiça, André Cury segue fazendo negócios com o Timão. Ele intermediou as contratações do técnico Ramón Díaz e do volante Charles pelo clube no mês passado.