O Corinthians teve R$ 12,4 milhões bloqueados de uma de suas contas por determinação da Justiça, em processo movido contra o clube pelo empresário André Cury. O valor seria utilizado pelo clube para pagar parcela do financiamento da Neo Química Arena. Este montante estava em uma conta cedida fiduciariamente à Caixa Econômica Federal. Em 2022, quando renegociou o financiamento da arena, o Corinthians concordou em utilizar esta conta para receber receitas de direitos de transmissão de TV e cedê-la em garantia à Caixa. O banco estatal tentou recorrer do bloqueio, alegando que os valores penhorados são dela e não do clube, mas a Justiça indeferiu o pedido. Este processo movido por André Cury é referente a direitos de imagem de ex-jogadores do clube agenciados por ele: Ederson, Otero, Cazares e Yago (goleiro). A Justiça determinou a penhora de R$ 14 milhões, mas não encontrou o valor total nas contas do clube. O empresário tem outras quatro ações contra o Corinthians , que totalizam cerca de R$ 30 milhões. Em um destes outros processos, André Cury obteve outra decisão favorável na última quinta-feira. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão que o Corinthians venha a receber com eventuais vendas de jogadores. As dívidas com o empresário vêm desde 2020 (no mandato de Andrés Sanchez), e foram repactuadas no ano passado pelo ex-presidente do Corinthians , Duilio Monteiro Alves. Em uma de suas manifestações recentes à Justiça neste processo, o Timão reconheceu as dificuldades econômicas enfrentadas: – (O Corinthians ) Enfrenta uma conjuntura financeira delicada, herança da gestão anterior, que comprometeu substancialmente as contas do clube, resultando em uma dívida que alcança a casa dos bilhões – argumentou a defesa alvinegra. Apesar das disputas na Justiça, André Cury segue fazendo negócios com o Timão. Ele intermediou as contratações do técnico Ramón Díaz e do volante Charles pelo clube no mês passado.