Por Iúri Medeiros O Corinthians fez o imperdoável no último domingo. A equipe empatou por 1 a 1 com o Juventude na Neo Química Arena, em jogo que ficou com dois homens a mais por grande parte do segundo tempo. A igualdade foi péssima pensando em pontuação no Campeonato Brasileiro, e não por acaso o time voltou à zona de rebaixamento com a conclusão da 21ª rodada do Brasileirão. Essa é a primeira instabilidade do técnico Ramón Diaz à frente do Timão. Para o jogo, a comissão técnica ousou e escalou Rodrigo Garro e Igor Coronado juntos, abrindo mão de mais um meio-campista de marcação. Wesley atuou aberto pela esquerda e Giovane jogou centralizado, como nove, na vaga de Yuri Alberto. Se por um lado o Corinthians ficou mais criativo, já que Garro e Coronado possuem alto índices de passes para finalização, por outro o time ficou desequilibrado.
Em suma, o Timão jogou e deixou o Juventude jogar, especialmente a partir de jogadas em velocidade, como no gol marcado por Alan Ruschel. Colocado esse contexto, o jogo foi ficando favorável ao Corinthians, tendo em vista que o Juventude perdeu dois jogadores (Gabriel Vasconcelos e Alan Ruschel) por expulsão. Além disso, o gol de Pedro Henrique foi anotado logo nos primeiros instantes da segunda etapa, o que deixou o ambiente do estádio totalmente a favor dos mandantes. Mas não. Com dois a mais, o Corinthians foi incapaz de envolver a defesa da equipe gaúcha. Faltou repertório a um time que se limitou a explorar as laterais e alçar bolas na área.
Individualmente falando, Garro e Coronado não foram brilhantes mas geraram jogo. Wesley, por outro lado, destoou e tomou poucas decisões inteligentes ao longo do duelo. Na defesa, André Ramalho teve sua pior atuação pelo Corinthians, deixando espaços quando saía de seu setor para "caçar" adversários. Mais do que jogar bem, o Corinthians precisava vencer. Não só pela situação no Brasileiro, mas para dar confiança ao time às vésperas de um mata-mata de Copa do Brasil. O péssimo resultado contra o Juventude não determina o futuro do Timão no Campeonato Brasileiro, mas reforça como o caminho para a estabilidade ainda é longo. Faltam 17 finais para o Corinthians, que amarga a 18ª posição no Brasileiro.