O laudo pericial realizado pelo Instituto Médico Legal confirmou "ofensa à integridade corporal" do torcedor do Cruzeiro, João Daniel Milhomes. O cruzeirense acusa o presidente do Corinthians, Augusto Melo, de agressão na saída de um camarote do Mineirão, após o jogo entre os clubes, dia 7 de julho, que terminou com vitória da Raposa por 3 a 0. “Presença de equimose numular arroxeada postada na região orbitária esquerda nas adjacências da região malar ipsilateral” - diz o laudo produzido pelo IML. Augusto Melo pode ser denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais. No último domingo, três semanas depois do ocorrido, o dirigente foi levado para prestar depoimento à Polícia Civil de Minas, na Arena MRV, que recebia o jogo do Atlético-MG contra o Corinthians. Augusto Melo ficou em silêncio durante o depoimento e rejeitou um acordo oferecida pelo Ministério Público. A proposta previa afastamento dos estádios durante três meses e pagamento de três salários mínimos. Procurado pela reportagem, o presidente do Corinthians preferiu não comentar o caso no momento, uma vez que ainda não recebeu notificação sobre o tema.
Versão do torcedor De acordo com João Daniel Milhomes, o presidente do Corinthians o agrediu quando ele foi levar o seu filho aos bares — em uma área próxima do camarote onde a diretoria do Timão estava no Mineirão no jogo diante do Cruzeiro pela 15ª rodada da Série A. — No final do jogo, meu filho de oito anos pediu para eu comprar um suco. Eu me dirigi aos bares que estão atrás dos camarotes e, nesse momento, estava passando o senhor presidente do Corinthians, com uma série de seguranças, muito seguranças, intimidador inclusive, quando a torcida toda do Cruzeiro entrou na brincadeira, chamando de segunda divisão, essas brincadeiras de torcida. E eu falei que ele seria o presidente que rebaixaria o Corinthians — contou o torcedor, há três semanas.