Com um jogo disputado a menos, o Flamengo inicia o returno com 54,54% de chances de se tornar o campeão brasileiro de 2024, o maior potencial entre todas as 20 equipes da Série A. Devido a ter um jogo adiado, ainda pode se tornar o campeão do primeiro turno, caso derrote o Internacional por pelo menos dois gols de vantagem, fora de casa, em jogo adiado da 17ª rodada. As derrotas em casa de Botafogo (para o Cruzeiro por 3 a 0) e Palmeiras (para o Vitória por 2 a 0) na abertura do returno derrubaram os desempenhos do segundo e do terceiro colocados da classificação, que já disputaram 20 jogos. Hoje, o Botafogo tem 17,70% de chances de ficar com o título, e o Palmeiras , 10,50%. Os confrontos diretos entre os clubes terão grande peso nessas chances: Flamengo e Palmeiras se enfrentam daqui a duas rodadas, dia 11 de agosto, domingo, às 16h, no Maracanã. Na rodada seguinte, a 23ª, Botafogo e Flamengo jogam no Engenhão, no domingo, 18 de agosto, às 18h30.
As chances de título são determinadas por modelos estatísticos aplicados pelo economista Bruno Imaizumi sobre microdados coletados pela equipe do Espião Estatístico desde 2013. Foram analisadas as características de 107.527 finalizações e resultados de 4.367 jogos de Campeonatos Brasileiros que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa a partir da métrica de expectativa de gol (xG), consolidada internacionalmente. Os dados ajudam a calcular o potencial que cada equipe tem para vencer os jogos restantes, considerando mando de campo e outras características ao fazer 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo.
Chances de permanecer na Série A: Como torcedores já sentem na pele há algumas rodadas, alguns clubes têm chances menores de permanecer na Série A do que outros, mas se os elencos começarem a conquistar no returno vitórias que não conseguiram no primeiro turno, esses potenciais vão mudando, de acordo, também, com os resultados de outros clubes. Quando clubes da parte de baixo vencem em uma rodada, as posições entre eles não se alteram. O desempenho até aqui do Atlético-GO aponta que o clube goianiense tem o menor potencial para seguir na Série A no ano que vem, 13,99%.
Com mais que o dobro de potencial, o Fluminense tem 35% de chances de seguir na primeira divisão do futebol nacional. A equipe carioca não perde há quatro jogos e vem de três vitórias consecutivas. Em rodadas recentes, apenas Fortaleza e Flamengo ficaram com os nove últimos pontos que disputaram. Se mantida essa performance, as chances do Fluminense ficar na Série A passariam a ficar cada vez maiores, permitindo sonhar mais alto. Grêmio e Cuiabá disputaram dois jogos a menos que o Corinthians e, por isso, apesar de estarem atrás na classificação do campeonato, têm potencial maior para permanecer na Série A em 2025.
Libertadores: Enquanto Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores não estiverem decididas, os quatro primeiros colocados no Brasileirão se classificam para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem, enquanto o quinto e o sexto colocados disputam uma fase preliminar. Caso os campeões das três competições estejam entre os primeiros colocados do Brasileirão, novas vagas classificatórias para a Libertadores serão abertas no nacional. Por enquanto, apresentamos as chances de as equipes terminarem o Brasileirão até a quarta e até a sexta colocações.
Metodologia: Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.367 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. As variáveis consideradas no modelo são: (1) a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol; (2) se a finalização foi feita cara a cara com o goleiro; (3) se foi feita sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a finalização foi feita de primeira, ajeitada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem do lance (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubada de bola, lateral etc); (7) se a assistência foi feita de dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força do chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt (como proxy de qualidade do elenco); (11) o tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas originadas de bolas aéreas; (14) a diferença no placar no momento de cada finalização.