Depois de mais de 40 dias sem um patrocinador no espaço central da camisa, o Corinthians chegou nesta segunda-feira a um acordo com a Esportes da Sorte, marca de apostas esportivas, pelo patrocínio máster do clube. As conversas entre as partes ocorreram ao longo das últimas semanas, com a participação direta do presidente Augusto Melo. A tendência é de que o time receba R$ 100 milhões anuais até o fim desta gestão, em 2026. A ideia é que o clube anuncie oficialmente a parceria ainda nesta semana.
Desde o início de junho, o Corinthians não tem um patrocinador no espaço nobre da camisa, quando a Vai de Bet optou pela rescisão unilateral após o escândalo do "laranja". No último mês, Esportes da Sorte negociou com o clube, simultaneamente à Parimatch - marca que estampa o uniforme do Botafogo. As propostas eram semelhantes, segundo apurou o Estadão. A Esportes da Sorte também patrocina o time feminino do Palmeiras desde janeiro. Executivos da marca já manifestaram por diversas vezes o interesse de estender a parceira ao time masculino para 2025. Com o acordo selado com o Corinthians, é incerto o futuro da parceria com o clube alviverde. Atualmente, o uniforme palmeirense masculino é estampado por Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), empresas cujo dono é José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do clube.
Sem o patrocínio máster, o clube utilizou o espaço central da camisa na partida contra o Bahia para criar expectativa para o acerto com a Esportes da Sorte. Os uniformes estamparam as frases "É torcida", "É acreditar", "É luta" e "É muito mais que um time", referências ao slogan da nova patrocinadora - "É muito mais que bet". Nas redes sociais, a marca também utilizou dos rumores para fomentar engajamento entre torcedores corintianos. Ainda sem data para estrear o novo patrocinador, o Corinthians encara o Grêmio nesta quinta-feira, 25, na Neo Química Arena. Desde a chegada de Ramón Diaz, o time vem de duas vitórias em dois jogos e saltou para a 14ª colocação, depois de longo período no Z-4.
Relembre caso Vai de Bet Ao assumir a presidência em janeiro, Augusto Melo anunciou a Vai de Bet como nova patrocinadora máster do clube. A marca de casas de aposta, ainda desconhecida no País, ofereceu R$ 360 milhões por três temporadas, com pagamentos de R$ 10 milhões mensais ao longo de 36 meses, se tornando o maior patrocínio da história do futebol nacional. Em 7 de junho, a marca optou pela rescisão do contrato após a polêmica dos pagamentos da intermediária do acordo a uma suposta empresa "laranja". Para fechar com a Vai de Bet, a diretoria firmou na Justiça um acordo para pagar R$ 40,1 milhões à Pixbet, concorrente e parceira do time alvinegro até o início do ano, para encerrar o contrato de exclusividade vigente — os valores serão quitados até o início de 2025, sob pena de bloqueio de contas. A ex-patrocinadora, que se juntou ao Corinthians em 2022, ainda na gestão de Duílio Monteiro Alves, apresentou uma proposta de renovação no valor de R$ 75 milhões anuais para estampar a camisa corintiana, mas o valor não agradou a atual gestão. Com o fim da parceria entre Corinthians e Vai de Bet, o Flamengo passou a ter o maior patrocínio máster do País.
Os cariocas renovaram com a Pixbet, justamente a antiga parceira do time do Parque São Jorge, e conseguiram um aumento no montante a ser recebido alegando os valores pagos da Vai de Bet aos paulistas. Assim, o vínculo do clube rubro-negro com a marca passou de R$ 85 milhões a R$ 105 milhões, com progressão de montante fixo a partir de 2025. Por entender que tem um potencial de mercado semelhante, a diretoria corintiana tenta negociar valores do mesmo patamar. Matéria em atualização.