A partir das 21h (de Brasília) desta terça-feira, no confronto diante do Criciúma, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Corinthians voltará a ter um técnico argentino no banco de reservas depois de 19 anos sem um profissional do país vizinho. Ramón Díaz estreia no comando do Timão e quebra um jejum de quase duas décadas. Antes do experiente treinador de 64 anos, o clube foi comandado por Daniel Passarella, capitão da Argentina no título da Copa do Mundo de 1978 e campeão do mundo também em 1986. A passagem de Passarella prometia, mas terminou de maneira frustrante e breve durante o ano de 2005. Passarella chegou ao Corinthians para substituir Tite e dirigir Carlitos Tevez e Javier Mascherano, contratações argentinas badaladíssimas e símbolos do mercado promovido pela MSI, empresa que administrava o futebol do clube naquela época. O argentino, porém, ficou apenas 15 partidas no banco de reservas. Na estreia, derrota surpreendente para o Cianorte, pela Copa do Brasil. Posteriormente, o Corinthians viraria o confronto com uma goleada no Pacaembu. A crise se estabeleceria justamente por outro resultado na competição de mata-mata, somada a relatos de problemas de relacionamento com jogadores e incômodo com o comportamento. A eliminação nos pênaltis para o Figueirense, nas oitavas de final da Copa do Brasil, trouxe questionamentos e pressão sobre o argentino, que perdeu o emprego depois de uma das piores derrotas da história corintiana: 5 a 1 para o São Paulo, pelo Brasileirão, no dia 8 de maio. Ramón Díaz será o sexto argentino a comandar o Corinthians. Além de Passarella em 2005, o Timão teve no banco Armando Renganeschi em 1978; Filpo Nuñez, em 1966 e 1976; Jim Lopez, em 1960; e Joseph Tiger, no ano de 1944. Nenhum deles conseguiu levantar um troféu pelo clube alvinegro. Ramón Díaz terá a chance de brigar pelos troféus da Copa do Brasil e da Sul-Americana, além de ter a missão de livrar o Corinthians da zona de rebaixamento.
Ramón Díaz terá a chance de brigar pelos troféus da Copa do Brasil e da Sul-Americana, além de ter a missão de livrar o Corinthians da zona de rebaixamento.