O agente Beto Rappa emprestou dinheiro ao Corinthians em 2014 para a contratação do atacante Ángel Romero. Agora, ele está pedindo o bloqueio de R$ 11,5 milhões das contas do clube ou a penhora de receitas que o Timão tem a receber, devido ao atraso no pagamento das parcelas do acordo firmado em janeiro com o empresário. O Corinthians concordou em quitar o valor total em 22 parcelas, mas não pagou as prestações de abril, maio e junho, o que levou Beto Rappa a tomar medidas legais para garantir o recebimento do que lhe é devido. A dívida é resultado do investimento de Beto Rappa no jogador Romero, que foi contratado em 2014 pelo Corinthians.
A diretoria do clube, chefiada pelo presidente Augusto Melo, enfrenta a possibilidade de vencimento antecipado de todas as parcelas do acordo, somado a uma multa de 10% e correção monetária, devido ao atraso por três meses consecutivos. Além disso, outra alternativa de Beto Rappa seria a penhora de receitas do Corinthians com parceiros comerciais, como Globo, Federação Paulista de Futebol (FPF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Liga Forte União (LFU).
Entenda a dívida do Corinthians com Beto Rappa: Romero foi contratado pela primeira vez pelo então presidente Mário Gobbi em junho de 2014, quando tinha 21 anos. O Corinthians contou com o apoio de Beto Rappa, investidor que bancou US$ 3 milhões (R$ 6,7 milhões, na ocasião) ao Cerro Porteño, ex-clube do atacante. O valor da dívida disparou devido ao aumento do dólar, além de multas e correções monetárias. O Corinthians já pagou cerca de R$ 9 milhões para Beto Rappa. Depois de seis anos sem resolver a pendência, o Corinthians propôs uma renegociação em 2021, quando a dívida estava na casa dos R$ 13,4 milhões. O pagamento foi interrompido em março de 2023, na gestão de Duilio Monteiro Alves, e Augusto Melo estabeleceu um novo acordo em janeiro.