A atuação do Corinthians na derrota por 2 a 0 para o Vasco mostra o tamanho do desafio que o técnico Ramón Diaz terá pela frente. Na noite da última quarta-feira, o corintiano viu mais uma vez um time sem qualquer poder de reação e capacidade técnica para buscar um resultado que não fosse a derrota.
O Corinthians não fez um primeiro tempo ruim de forma geral. Pouco sofreu com a defesa posicionada e encontrou espaços. Porém, como vem sendo habitual, pecou em falhas individuais nos momentos de saía de bola e em tomadas de decisão no ataque. Se Breno Bidon e Igor Coronado buscavam se aproximar e organizar jogadas, Wesley, Romero e Yuri Alberto erravam tudo que tentavam no campo ofensivo.
Na segunda etapa, o desempenho do Timão caiu consideravelmente. A equipe passou a ter menos controle e viu o Vasco ser mais incisivo com a bola nos pés, sempre buscando a referência de Vegetti. A superioridade vascaína se traduziu no gol marcado por Lucas Piton, ex-Corinthians.
Romero evitou fazer falta no lateral, que não titubeou em atacar seu corredor e estufar as redes do Timão. Em desvantagem, o Corinthians não mostrou argumentos para empatar o duelo. Laruccia tentou alterar a dinâmica do ataque com as entradas de Pedro Henrique, Pedro Raul e Giovane, mas sem efeito. No meio, Ryan e Matheus Araújo deram gás novo, mas não foi o suficiente.
O gol de Sforza, nos acréscimos, apenas deu números finais a uma derrota que já estava sacramentada. A 8ª em 16 jogos. Das tribunas de São Januário, o técnico Ramón Diaz viu o tamanho do desafio que decidiu embarcar. A mudança terá que ser tática, técnica e anímica pelos lados do CT Joaquim Grava. Sem uma mudança radical em todos os aspectos do jogo, a chance de queda do Corinthians para a Série B é enorme. E não tem Balotelli que fará milagre.