Alex Fernando André, também conhecido como Cassundé, é um empresário que está no centro de um acordo de patrocínio entre o Corinthians e a VaideBet. Ele afirmou em depoimento à polícia que conheceu a empresa através do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial. O depoimento, que durou cerca de 3h30, aconteceu no DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania). Cassundé negou ter solicitado comissão pelo acordo, apesar de o Corinthians ter prometido repassar uma quantia considerável à empresa onde ele é sócio-administrativo.
No mesmo testemunho, ele também falou sobre a transferência de aproximadamente R$ 1 milhão à Neoway, uma empresa que foi descrita como "laranja". Cassundé explicou que se tratava de um negócio envolvendo a contratação de serviços de telemedicina e alegou ter sido vítima de um golpe, mesmo optando por não registrar um boletim de ocorrência. Seu advogado, Cláudio Salgado, afirmou que o empresário esclareceu que o depósito foi feito de forma regular e que ele foi vítima de um golpe. Salgado enfatizou que não houve irregularidades no processo.
Além disso, Cassundé revelou que trabalhou de forma voluntária na equipe de comunicação de Augusto Melo durante a campanha eleitoral do ano passado, após ter sido indicado por Sérgio Moura, com quem possuía relações comerciais no meio publicitário. Ele também revelou que mantinha contato apenas com Sérgio dentro do Corinthians.
Assinado em janeiro deste ano, o acordo entre o Corinthians e a VaideBet previa o pagamento de R$ 370 milhões, dos quais o clube recebeu pouco menos de R$ 70 milhões desde o início do ano. No entanto, a parceria chegou ao fim depois que a VaideBet notificou o clube solicitando explicações sobre a suposta participação de um "laranja" na intermediação. Apesar de o Corinthians ter respondido à notificação, os argumentos apresentados não convenceram a patrocinadora, que optou pelo término da parceria.