Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, prestou depoimento nesta terça-feira em São Paulo. Durante 3h30, ele respondeu perguntas da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo). Segundo Cassundé, ele não cobrou por intermediar o acordo de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. Ele afirmou que o pagamento de R$ 25 milhões foi oferecido pelo clube. Cassundé disse ter conhecido a VaideBet por meio de uma pergunta feita ao Chat GPT, uma ferramenta de inteligência artificial, e que agiu voluntariamente na busca pelo patrocínio.
Segundo ele, o contato com a VaideBet surgiu a partir de uma pergunta feita ao Chat GPT, uma ferramenta de inteligência artificial, e que o pagamento de R$ 25 milhões foi oferecido pelo clube. Ele também alegou que não exigiu qualquer comissão ao trocar os contatos e que teve os R$ 25 milhões de intermediação (7%) oferecidos pelo clube na época da assinatura do acordo de R$ 370 milhões firmado entre a casa de apostas e o Corinthians.
Em seu depoimento, Cassundé afirmou que trabalhou "voluntariamente" para a campanha de Augusto Melo e que não houve corrupção ou repasses indevidos. Ele também mencionou outro negócio, no campo da "telemedicina", em que se sentiu vítima de um golpe. A investigação sobre a suposta empresa "laranja" e os possíveis repasses continua em andamento, com a polícia apurando a veracidade de prints de conversas que circulam desde a semana passada.
VaideBet e Corinthians romperam o contrato no dia 7 de junho, após a empresa solicitar esclarecimentos sobre o possível repasse de parte da comissão do intermediário para um "laranja". O contrato, que previa o pagamento de R$ 370 milhões ao clube, gerou uma crise devido às investigações em andamento. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades, e a empresa intermediária está sendo investigada por supostos repasses a uma empresa "fantasma".