O fim da relação com o Corinthians gerou incômodo em Carlos Miguel. O término da passagem do goleiro pelo clube foi sacramentada por António Oliveira no domingo passado e teve um motivo: as dores no tornozelo alegadas pelo jogador e a ausência na partida contra o Athletico-PR, em Curitiba. O técnico português não escondeu a insatisfação com a postura do jogador, que tem acordo para defender o Nottingham Forest, da Inglaterra, e jogaria pelo Corinthians pelo menos até o fim de junho.
– Não, Carlos Miguel não joga mais no Corinthians . Já o disse e falei neste grupo. Só está aqui no clube quem quer e faz de forma apaixonada, muitos que hoje estão nesta posição deviam perceber o sonho de muita gente de poder representar um dos maiores clube. Incomodou, incomoda, e o Carlos Miguel não vai jogar mais pelo Corinthians – disse António.
O ge apurou que Carlos Miguel ficou incomodado com a exposição do treinador e pela forma como o Corinthians conduziu a sua saída. O sentimento é de que houve intenção de prejudicar sua imagem na reta final da passagem pelo clube, usando a ausência na partida contra o Athletico-PR para sugerir "corpo mole" e má vontade de seguir jogando, mesmo negociado.
Carlos Miguel tinha se comprometido a continuar jogando mesmo com a possibilidade de enfrentar críticas dos torcedores, como aconteceu contra o Atlético-GO, em Goiânia, quando foi hostilizado na chegada ao hotel e durante a partida.
O ge apurou que a primeira queixa de dores no tornozelo feita por Carlos Miguel ao departamento médico foi em 19 de junho, três dias depois do clássico contra o São Paulo e data da partida contra o Internacional, quando o goleiro cumpriu suspensão por ter levado o terceiro cartão amarelo. O tom da conversa com a direção alvinegra também incomodou Carlos Miguel.