O empresário Alex Cassundé, intermediário do contrato envolvendo Corinthians e Vai de Bet, entregou seu celular à polícia ao prestar depoimento em São Paulo. Cassundé cumpriu uma ordem judicial emitida na segunda (24): o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner havia pedido a apreensão do telefone e autorizou a quebra do sigilo dos dados virtuais do empresário. Ele prestou um depoimento por cerca de 1h30 na delegacia e optou por não falar com a imprensa ao deixar o local. A veracidade dos prints que circularam na internet envolvendo Cassundé ainda são inconclusivos por parte da Justiça. As imagens mostram conversas nas quais um suposto dirigente do Corinthians orientaria o intermediário a fazer o repasse para a Neoway, apontada pela Polícia Cívil como empresa "fria" registrada em nome de uma laranja.
Intermediário no contrato de patrocínio entre clube e casa de apostas, Alex Cassundé admitiu ao clube e à casa de apostas ter feito repasses à Neoway Soluções Integradas. Em uma contranotificação datada do dia 29 de maio, a Rede Social Media Design, empresa de Cassundé, disse ter um contrato de prestação de serviços confidencial com a Neoway e que os repasses são pagamentos referentes a esse acordo. O documento é assinado pelo advogado Cláudio Salgado, que também representa Cassundé em investigação na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Além de admitir os repasses, a carta diz que Cassundé contratou a Neoway para implementar softwares de telemedicina em um cliente, mas se nega a enviar cópia do contrato, alegando que ele está protegido por cláusula de confidencialidade.