A Justiça determinou, nesta segunda-feira (24), a apreensão do telefone celular de Alex Cassundé, intermediário do contrato envolvendo Corinthians e Vai de Bet, que culminou em escândalo e rescisão . Em atendimento a um pedido de Cláudio Salgado, advogado do empresário, também foi decretado o sigilo total do inquérito.
A decisão se baseou no relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) , que demonstrou que Cassundé movimentou uma alta quantidade de dinheiro em espécie. A Justiça afirmou que os atos indicam "possível ocorrência de manobras de lavagem de dinheiro" na decisão publicada nesta segunda-feira. O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner também autorizou a quebra do sigilo dos dados virtuais de Cassundé. As investigações são feitas pela Policia Civil de São Paulo.
O empresário deve depor nesta terça-feira na delegacia responsável pelo caso. Intermediário no contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet, Alex Cassundé admitiu ao clube e à casa de apostas ter feito repasses à Neoway Soluções Integradas, apontada pela Polícia Cívil como empresa 'fria' registrada em nome de uma laranja.
Em uma contranotificação datada do dia 29 de maio, a Rede Social Media Design, empresa de Cassundé, disse ter um contrato de prestação de serviços confidencial com a Neoway e que os repasses são pagamentos referentes a esse acordo. O documento é assinado pelo advogado Cláudio Salgado, que também representa Cassundé em investigação na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).