23/6/2024 08:35

Familiares de Augusto vítimas de montagens em prints sobre patrocínio no Corinthians

Familiares de Augusto vítimas de montagens em prints sobre patrocínio no Corinthians

Os prints de uma suposta conversa num aplicativo de mensagens estão no meio de uma nova confusão envolvendo o Corinthians. Desde 8 de junho, a Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar a participação de um laranja na intermediação do contrato do clube com a empresa de apostas VaideBet. Nesta sexta-feira, os policiais incluíram nesse inquérito uma série de prints não-autenticados que mostrariam uma conversa explosiva. Mais tarde, no início da noite, o clube divulgou uma nota em que pede a instauração de outro inquérito – dizendo que familiares do presidente Augusto Melo foram vítimas de montagens de “falsas conversas”. O ge teve acesso aos prints. A conversa seria entre Alex Cassundé, dono da Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, e um interlocutor não identificado. Nas supostas mensagens, Cassundé chama a pessoa de "chefe" e questiona em qual conta deve depositar R$ 580 mil que seriam parte do valor recebido em comissão. O interlocutor, então, envia a ele os dados bancários da Neoway Soluções Integradas, empresa que está no centro da investigação. A transferência teria sido realizada no dia 25 de março. A polícia avalia que a Neoway foi usada como uma empresa de fachada. Uma de suas sócias é Edna Oliveira dos Santos, que disse não saber da existência da companhia. Edna vive num bairro humilde em Peruíbe e, segundo a polícia, parece ser vítima na história. Em um trecho de uma das supostas conversas, uma das pessoas diz que pegaria o dinheiro por meio do "Ninja", apelido de Marcelo Eduardo Rodrigues Sales, atualmente chefe de Gabinete da presidência do Corinthians. Entre os prints entregues à polícia, um dos contatos que supostamente conversa com Cassundé é identificado como "Chefe Presidente". O ge tentou contato com o número indicado nos prints, mas ninguém atendeu. O número do suposto contato está vinculado a uma loja online de biquínis – a “Mar Virado Biquínis” – cuja proprietária é Victoria Pereira de Melo, filha de Augusto Melo. O número de telefone aparece no perfil da marca no Instagram. No mesmo perfil, a “Mar Virado” indica seu endereço: Rua Cantagalo, 715, São Paulo. É o mesmo endereço da Arena Tatuapé, quadra de esportes de praia que tem o presidente corintiano como sócio. A Arena Tatuapé foi inaugurada em outubro de 2021, período em que a Mar Virado ainda expunha seus produtos na rede social. A marca não atualiza o perfil desde março de 2022. A empresa da filha de Augusto consta como desativada no ano passado. Nesta sexta, o delegado Tiago Fernando Correia confirmou que a polícia está analisando os prints – e informou que eles serão periciados. Cassundé foi intimado a depor na próxima terça-feira. O delegado não quis dar entrevista, mas afirmou ao ge que foi pedido quebra de sigilo dos números de telefone para identificar os proprietários. A dúvida da polícia é se os prints são verdadeiros – e podem ajudar a identificar quem recebeu a suposta comissão ou se são uma tentativa de envolver Augusto Melo e seus familiares na negociação. O novo diretor jurídico do Corinthians, Leonardo Pantaleão, esteve na tarde desta sexta-feira na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC), especializada em crimes de lavagem de dinheiro, para atualizar os desdobramentos da investigação do caso. O delegado responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, não estava no local durante a visita do diretor jurídico do Corinthians. Pantelão falou sobre o caso ao deixar a delegacia. – Existe ali um apelido, "chefe", e que chefe não se tem a menor ideia quem pode ser, se é do Corinthians, se é de fora do Corinthians. Então realmente causou um espanto essa vinculação precipitada entre o teor da mensagem com algum dirigente do Corinthians. – Essa prova vai ser feita pela própria Polícia Civil, que certamente vai poder fazer esse trabalho de investigação, trabalho pericial, para saber se o print é verdadeiro ou não. Mas mesmo que se parta do princípio que esse print é verdadeiro, não faz qualquer relação indireta a ninguém do Corinthians. Não há nome. O que existe é um apelido, o apelido de chefe – concluiu Pantaleão, que assumiu o cargo em 10 de junho. Veja abaixo a nota divulgada pelo Corinthians: "O Sport Club Corinthians Paulista, representado pelo diretor jurídico, Leonardo Pantaleão, compareceu nesta sexta-feira (21), na delegacia responsável pela investigação do caso da ex-patrocinadora do clube, para obter informações dos prints divulgados. O presidente Augusto Melo, assim que informado, sobre a existência da suposta conversa entre Alex Cassunde e uma pessoa não identificada lavrou um boletim de ocorrência e solicitou instauração de Inquérito Policial junto à Polícia Civil solicitando minuciosa e urgente apuração dos fatos, com efetiva responsabilização de quem montou as falsas conversas que envolvem fraudulentamente inclusive seus familiares". Entenda o caso VaideBet e Corinthians romperam o contrato no dia 7 de junho, cinco meses depois de celebrarem o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro. A crise se instaurou no dia 27, quando a patrocinadora máster notificou o clube extrajudicialmente pedindo esclarecimento em torno das notícias envolvendo o possível repasse de parte comissão do intermediário para um "laranja". O contrato firmado previa R$ 370 milhões ao clube e era válido até o fim de 2026. Além da notificação da VaideBet, Augusto Melo recebeu um pedido da Polícia Civil, que também cobra respostas e pediu acesso ao contrato com a empresa. A Polícia abriu inquérito e busca esclarecimentos da denúncia feita pelo "Blog do Juca Kfouri" de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, supostamente repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa "laranja", chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Essa empresa está no nome Edna Oliveira dos Santos, que nem sequer saberia da existência da mesma. Até o encerramento do acordo, duas parcelas de R$ 700 mil foram repassadas pelo clube para o intermediário que está registrado no contrato de patrocínio. A notícia não agradou à VaideBet, que entendeu ter a imagem prejudicada com as inúmeras especulações em torno do contrato com o Corinthians. Em notificação enviada em 27 de maio, a empresa informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e deu dez dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso. O clube respondeu aos questionamentos, alegando estar contribuindo com as investigações. O Corinthians notificou extrajudicialmente a empresa intermediária , que tem como sócio Alex Cassundé, prestador de serviços durante a campanha de Augusto Melo à presidência. O clube ainda aguarda explicações sobre o suposto “laranja”. Na sexta-feira (7 de junho), a VaideBet optou por rescindir o contrato usando como argumento a cláusula anticorrupção. Assinado no começo do ano, o vínculo entre Corinthians e VaideBet tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões – o clube recebeu cerca de R$ 66 milhões desde janeiro. Em nota, o clube alfinetou a empresa pelo rompimento . A última atualização da Polícia indica a possibilidade de uma investigação paralela no caso, com a contratação até de um detetive particular . Adriana Ramuno, identificada primeiramente como "Ana" por Edna Oliveira dos Santos, citada como "laranja" na investigação, deu depoimento às autoridades na capital paulista. Em oitiva que durou cerca de uma hora, Adriana Ramuno afirmou que é funcionária de um detetive particular e se dirigiu a Peruíbe para realizar duas perguntas a Edna: se ela morava no local e se tinha conhecimento sobre a Neoway Soluções Integradas, empresa que supostamente recebeu os repasses da intermediadora do acordo. Ainda em depoimento, Adriana relatou desconhecer qualquer informação sobre o cliente responsável pela contratação do escritório de detetive particular. A funcionária assegurou ser padrão não ter detalhes sobre os contratantes, como no caso da investigação que a levou até Edna. A funcionária do detetive particular foi a segunda testemunha ouvida nesse caso. Ela foi reconhecida por foto por Edna e acabou convocada a depor na última terça-feira. Na terça-feira, dia 25, será a vez do depoimento de Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, empresa que intermediou o acordo entre a casa de apostas e o clube de Parque São Jorge. O chefe de Adriana Ramuno, identificado por enquanto apenas como Felipe, também será intimado a prestar esclarecimentos nas próximas semanas. A empresa de Cassundé, que só teve tempo de receber R$ 1,4 milhão dos R$ 25 milhões acordados pela intermediação, é alvo de investigação por supostamente ter feito dois repasses (R$ 900 mil no total) para a Neoway Soluções Integradas, tratada pela Polícia como empresa "fantasma".

Augusto Melo é presidente do Corinthians — Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Crédito: Marcello Zambrana/AGIF

A polícia avalia que a Neoway foi usada como uma empresa de fachada. Uma de suas sócias é Edna Oliveira dos Santos, que disse não saber da existência da companhia. Edna vive num bairro humilde em Peruíbe e, segundo a polícia, parece ser vítima na história. Em um trecho de uma das supostas conversas, uma das pessoas diz que pegaria o dinheiro por meio do "Ninja", apelido de Marcelo Eduardo Rodrigues Sales, atualmente chefe de Gabinete da presidência do Corinthians. Entre os prints entregues à polícia, um dos contatos que supostamente conversa com Cassundé é identificado como "Chefe Presidente". O ge tentou contato com o número indicado nos prints, mas ninguém atendeu. O número do suposto contato está vinculado a uma loja online de biquínis – a “Mar Virado Biquínis” – cuja proprietária é Victoria Pereira de Melo, filha de Augusto Melo. O número de telefone aparece no perfil da marca no Instagram. No mesmo perfil, a “Mar Virado” indica seu endereço: Rua Cantagalo, 715, São Paulo. É o mesmo endereço da Arena Tatuapé, quadra de esportes de praia que tem o presidente corintiano como sócio. A Arena Tatuapé foi inaugurada em outubro de 2021, período em que a Mar Virado ainda expunha seus produtos na rede social. A marca não atualiza o perfil desde março de 2022. A empresa da filha de Augusto consta como desativada no ano passado. Nesta sexta, o delegado Tiago Fernando Correia confirmou que a polícia está analisando os prints – e informou que eles serão periciados. Cassundé foi intimado a depor na próxima terça-feira. O delegado não quis dar entrevista, mas afirmou ao ge que foi pedido quebra de sigilo dos números de telefone para identificar os proprietários. A dúvida da polícia é se os prints são verdadeiros – e podem ajudar a identificar quem recebeu a suposta comissão ou se são uma tentativa de envolver Augusto Melo e seus familiares na negociação. O novo diretor jurídico do Corinthians, Leonardo Pantaleão, esteve na tarde desta sexta-feira na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC), especializada em crimes de lavagem de dinheiro, para atualizar os desdobramentos da investigação do caso. O delegado responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, não estava no local durante a visita do diretor jurídico do Corinthians. Pantelão falou sobre o caso ao deixar a delegacia. – Existe ali um apelido, "chefe", e que chefe não se tem a menor ideia quem pode ser, se é do Corinthians, se é de fora do Corinthians. Então realmente causou um espanto essa vinculação precipitada entre o teor da mensagem com algum dirigente do Corinthians. – Essa prova vai ser feita pela própria Polícia Civil, que certamente vai poder fazer esse trabalho de investigação, trabalho pericial, para saber se o print é verdadeiro ou não. Mas mesmo que se parta do princípio que esse print é verdadeiro, não faz qualquer relação indireta a ninguém do Corinthians. Não há nome. O que existe é um apelido, o apelido de chefe – concluiu Pantaleão, que assumiu o cargo em 10 de junho. Veja abaixo a nota divulgada pelo Corinthians: "O Sport Club Corinthians Paulista, representado pelo diretor jurídico, Leonardo Pantaleão, compareceu nesta sexta-feira (21), na delegacia responsável pela investigação do caso da ex-patrocinadora do clube, para obter informações dos prints divulgados. O presidente Augusto Melo, assim que informado, sobre a existência da suposta conversa entre Alex Cassunde e uma pessoa não identificada lavrou um boletim de ocorrência e solicitou instauração de Inquérito Policial junto à Polícia Civil solicitando minuciosa e urgente apuração dos fatos, com efetiva responsabilização de quem montou as falsas conversas que envolvem fraudulentamente inclusive seus familiares". Entenda o caso VaideBet e Corinthians romperam o contrato no dia 7 de junho, cinco meses depois de celebrarem o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro. A crise se instaurou no dia 27, quando a patrocinadora máster notificou o clube extrajudicialmente pedindo esclarecimento em torno das notícias envolvendo o possível repasse de parte comissão do intermediário para um "laranja". O contrato firmado previa R$ 370 milhões ao clube e era válido até o fim de 2026. Além da notificação da VaideBet, Augusto Melo recebeu um pedido da Polícia Civil, que também cobra respostas e pediu acesso ao contrato com a empresa. A Polícia abriu inquérito e busca esclarecimentos da denúncia feita pelo "Blog do Juca Kfouri" de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, supostamente repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa "laranja", chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Essa empresa está no nome Edna Oliveira dos Santos, que nem sequer saberia da existência da mesma. Até o encerramento do acordo, duas parcelas de R$ 700 mil foram repassadas pelo clube para o intermediário que está registrado no contrato de patrocínio. A notícia não agradou à VaideBet, que entendeu ter a imagem prejudicada com as inúmeras especulações em torno do contrato com o Corinthians. Em notificação enviada em 27 de maio, a empresa informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e deu dez dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso. O clube respondeu aos questionamentos, alegando estar contribuindo com as investigações. O Corinthians notificou extrajudicialmente a empresa intermediária , que tem como sócio Alex Cassundé, prestador de serviços durante a campanha de Augusto Melo à presidência. O clube ainda aguarda explicações sobre o suposto “laranja”. Na sexta-feira (7 de junho), a VaideBet optou por rescindir o contrato usando como argumento a cláusula anticorrupção. Assinado no



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