Ainda se recuperando dos abalos provocados pela rescisão de contrato com a VaideBet, o Corinthians tenta encontrar um novo patrocinador máster. A receita com o principal espaço da camisa é fundamental não só para reforçar o elenco na próxima janela como também para arcar com as despesas correntes do clube, como salários e direitos de imagem. Embora tenha pressa para achar um novo parceiro, o Corinthians tenta tomar cuidado para não se ver em meio a outra enrascada. Sob novo comando nos departamentos de marketing e jurídico, o clube decidiu interromper nos últimos dias uma negociação que estava em estágio avançado com uma empresa do ramo de capitalização. O presidente Augusto Melo foi alertado que o contrato tinha cláusulas que poderiam ser desfavoráveis ao clube e também que poderia gerar conflito com outros parceiros, como o Banco BMG e a Ezze Seguros, que ofertam serviços iguais ou semelhantes.
Em paralelo, o Corinthians negocia com diversas "bets". Apesar de polêmicas envolvendo a parceria com a VaideBet, casas de apostas procuraram o clube interessadas numa rara oportunidade em um grande clube da Série A – apenas cinco times da elite do Brasileirão não têm empresas do ramo como patrocinadora máster. A avaliação corintiana é que o abalo reputacional não impediu que outras casas de apostas se interessassem pela camisa alvinegra, uma das mais expostas do país. O calendário, porém, joga contra. O segundo semestre se aproxima, e muitas empresas já comprometeram seus orçamentos para 2024 com outros projetos e ações. Ainda assim, há otimismo na diretoria alvinegra. A expectativa é de conseguir um patrocínio na casa de R$ 100 milhões anuais.
A direção do Corinthians se divide entre a necessidade de garantir uma importante receita o quanto antes e a tentativa de barganhar melhores valores, o que toma tempo. Além do máster, o clube tem outras quatro propriedades em branco atualmente: barra traseira da camisa, ombro, parte traseira do calção e meião. No orçamento revisado para 2024, o Timão fez uma previsão ousada: mais do que dobrar a receita com patrocínios em 2024. Após fechar a temporada passada com arrecadação de R$ 117 milhões, o clube projetava faturar R$ 263,2 milhões, o que representa um aumento de 125%. Porém, por conta do rompimento com a VaideBet e as propriedades que seguem desocupadas, a direção já admite rever as projeções.