O Corinthians notificou a VaideBet nesta semana discordando do rompimento do contrato de patrocínio e cobrando uma dívida de R$ 6,3 milhões. O clube alega que não responde pela Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato e que repassou parte dos R$ 25 milhões a que tinha direito pela negociação para uma firma laranja. O caso é investigado pela Polícia . Segundo o Corinthians , os R$ 6,3 milhões que a VaideBet deve ao clube são referentes ao um saldo residual do contrato e não tem ligação com a multa pelo rompimento do vínculo. No acordo, quem rompesse o vínculo teria de pagar 10% do valor restante do contrato (o equivalente a cerca de R$ 30 milhões). A VaideBet rompeu com o Corinthians no dia 7 de julho. Assinado no começo do ano, o vínculo tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões – o clube recebeu cerca de R$ 66 milhões desde janeiro.
O Corinthians também alega que a VaideBet, mesmo depois do rompimento, mantém o escudo do clube em promoções e em jogos eletrônicos. Graças ao contrato com a VaideBet, assinado em janeiro, o Corinthians projetava mais do que dobrar a sua receita com patrocínios em 2024. Após fechar a temporada passada com arrecadação de R$ 117 milhões, o clube projetava faturar R$ 263,2 milhões, o que representaria um aumento de 125%.
A relação entre Corinthians e a patrocinadora começou a estremecer no mês passado, em virtude de notícias envolvendo uma suposta irregularidade no repasse da comissão pela intermediação do acordo entre a casa de apostas e o clube. O contrato gerou uma série de questionamentos internos e externos no Corinthians , sendo investigado pelo Conselho Deliberativo do clube. Isso fez com que Sérgio Moura, diretor de marketing do Timão, pedisse afastamento até o fim das investigações sobre o caso . O clube e a ex-patrocinadora confirmam que foi estabelecido em contrato o pagamento de R$ 25,2 milhões em comissão à Rede Social Media Design, o equivalente a 7% do valor total da parceria.
A empresa pertence a Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que trabalhou na campanha de Augusto Melo à presidência. A prática não configura nenhuma ilegalidade. Porém, de acordo com o "Blog do Juca Kfouri", parte do valor já pago em comissão teria sido repassado a uma suposta empresa "laranja", Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.). Isso resultou em abertura de investigação pela Polícia Civil. Todo esse imbróglio resultou em uma crise administrativa na gestão Augusto Melo.