A presença de Carlos Miguel no gol do Corinthians no empate por 2 a 2 contra Atlético-GO, em Goiânia, na abertura da oitava rodada do Campeonato Brasileiro, foi um dos principais assuntos entre os torcedores do Corinthians na noite de terça-feira. A caminho do Nottingham Forest, o jogador ainda não teve a sua multa contratual paga pelo clube inglês e, portanto, continua no elenco alvinegro. Diante do Dragão, fez defesas importantes. Em entrevista coletiva, o técnico António Oliveira sinalizou que ele pode jogar de novo no domingo, contra o São Paulo. – Eu sou treinador do Corinthians , o Carlos Miguel é jogador de Corinthians , portanto, até que me passem uma informação em contrário, ele é um jogador que está disponível, como os outros todos. Assim, eu escalo aqueles que eu acho que são os melhores para servir ao nosso clube – afirmou. O Corinthians abriu 2 a 0 em Goiânia mesmo com um jogador a menos pela expulsão de Gustavo Henrique, mas não conseguiu suportar a pressão e viu o Atlético-GO empatar em falhas de Cacá, que marcou um gol contra, e do lateral-esquerdo Hugo, que cometeu um pênalti já nos acréscimos. – Não a vi a expulsão, estava de costas para o lance. Todas as pessoas cometem os seus erros, mas têm sempre direito a uma oportunidade, acontece. Foi num jogador, se calhar, dos mais experientes que nós temos dentro do elenco, mas há um fato: nós temos que parar definitivamente de errar. – Os jogadores já estão avisados disso, mas todos aqueles que erraram também já nos deram e ofereceram-nos situações boas outra hora. Não posso esquecer que o Yuri também já foi muito criticado e hoje é o herói. O caminho é continuar a trabalhar cada vez mais para errarmos menos, porque neste tipo de jogos, principalmente no Brasileiro, que são jogos muito equilibrados, independentemente das equipas e das circunstâncias que elas vivem, quem errar menos, acaba por ganhar jogos – projetou. Pela forma como o jogo se desenhou em Goiânia, o técnico acredita que o empate tenha sido um resultado justo. O Timão foi a seis pontos na tabela em oito rodadas disputadas até aqui. – Era um jogo que antevíamos o grau de dificuldade elevado, contra uma equipe também com urgência de pontos, num estádio que historicamente o Corinthians tem dificuldade, portanto foi um jogo com diversos acontecimentos que motivaram muito aquilo que foi o desfecho e o resultado final. À medida dos acontecimentos, acaba por ser um resultado justo. É evidente que mesmo no 2 a 0, que a bola ofensiva deles seria natural com mais um homem, a equipe adversária teve mais bola, teve chances claras também para nos ferir, e a partir do momento da expulsão fica completamente desvirtuado, as estratégias alteram-se completamente – resumiu o treinador. Veja mais trechos da coletiva: Torcida – Nós estamos envolvidos em todas as competições, queremos errar menos e voltar rapidamente às vitórias e para isso mais uma vez apelo à torcida, que ela tem sido e faz sempre a diferença e que nós estamos de mãos dadas, nós vamos fazer o nosso trabalho dentro de campo. O jogo – O jogo acaba se desvirtuando a partir do momento que existe uma expulsão. É evidente que fomos ao encontro daquilo que o jogo ia pedir e que o adversário ia oferecer, fomos agindo e fazendo mudanças estruturais de acordo com aquilo que eram as nossas necessidades e aos problemas que nós eventualmente estávamos a ter. Nessa perspectiva, acaba por saber a pouco, porque depois de estarmos numa situação de 2 a 0 é evidente que o adversário... E vamos também ser justos, tivemos ocasiões para poder não perder o jogo, mas nessa perspectiva o empate acaba por ser justo. – É preciso frisar o orgulho que tenho destes jogadores, a coragem que eles tiveram mesmo com o menos numa situação em que nós sabemos que a equipe e o clube vivem, acho que foram obreiros, heróis por estarem nessa desvantagem numérica. Que tiveram que correr mais, como é evidente. Wesley e Bidon – Breno Bidon e o Wesley estavam convocados para a seleção sub-20. E houve uma liberação por parte do clube, da entidade que lhe paga. Não é a CBF que paga o Wesley nem o Breno. E aquilo que foi estipulado e combinado, aqueles senhores que são os responsáveis por essa seleção acabaram por não fazer. Mesmo sabendo que os jogadores tinham um jogo na terça-feira, porque foi a nossa exigência. Para a próxima, não vão, foi uma falta de respeito dos senhores da CBF. Principalmente pelos treinadores, porque eles não tiveram respeito, principalmente pela instituição, pela direção e principalmente pelo treinador, porque eles também são treinadores. Tinham mais jogadores suficientes para poder utilizar. Por que é que o Breno Bidon jogou 90 minutos e o Wesley jogou 75? Não havia mais jogadores? Essa é que é a questão. – É evidente que os jogadores chegaram desgastados, como é evidente, com viagens e tudo, mas comprometendo a semana de trabalho. Temos de ter respeito e ética dentro daquilo que é a nossa área, que é ser treinador. Nós temos de ter respeito uns pelos outros. Eu era incapaz de fazer uma situação que aconteceu com o Breno e com o Wesley. Isto foi a falar num desgaste que eu não sabia, porque o jogo pode não oferecer esse tipo de situações e acabámos por, infelizmente, sobrecarregar. Foi por isso que o Breno saiu mais cedo e o Wesley também teve que sair mais cedo. Infelizmente essa gente só pensou neles, mas da próxima vez vou pensar duas vezes porque nós não somos obrigados a liberar o jogador, porque quem paga é o Corinthians , não é a CBF.
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