Siga o UOL Esporte no Em seis meses, o acordo entre Corinthians e Vai de Bet foi de maior negócio do futebol sul-americano para caso de polícia. No centro dessa revolução estão duas empresas, a Rede Social Media Design, intermediária do contrato, e a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, suspeita de ser uma empresa fantasma aberta em nome de uma laranja. Nesta reportagem, o UOL reúne a linha do tempo do caso, as principais informações e os personagens que compõem a grande polêmica da gestão Augusto Melo, iniciada em janeiro de 2024.
O acordo Em janeiro, o Corinthians anunciou o maior acordo de publicidade da história do futebol sul-americano com a Vai de Bet : R$ 360 milhões divididos em três anos. Fontes ouvidas pelo UOL afirmam que, inicialmente, o presidente Augusto Melo apontou que toda negociação teria sido conduzida por ele e por Marcelo Mariano, atual diretor administrativo do clube. Os trâmites foram conduzidos ainda em 2023, antes mesmo do início oficial da gestão. Após o acordo firmado, Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, teria surgido como uma das partes envolvidas na negociação.
Em meio aos questionamentos, Augusto Melo se tornou uma espécie de "garoto propaganda" da casa de apostas, ao aparecer em muitos eventos com acessórios da marca. Foi o presidente do Timão quem convidou Gusttavo Lima, embaixador da Vai de Bet, para acompanhar a final da Copinha na Neo Química Arena, no fim de janeiro. O evento sugeriu um início promissor de parceria com a celebridade presente na arena do Corinthians.
Internamente, Sérgio Moura e Marcelo Mariano são vistos como os "pivôs" do escândalo. À reportagem, fontes da atual gestão afirmam que a postura do presidente diante do caso, que envolve diretamente dois membros da diretoria, foi "decepcionante". Há relatos de que Sérgio Moura, afastado do cargo desde 23 de maio, não abandonou definitivamente as funções de superintendente de marketing. Além disso, Marcelo Mariano, diretor administrativo, continua sendo homem de confiança de Augusto, apesar de não manter mais contato com os demais dirigentes. Rozallah Santoro, diretor financeiro, exigiu que ele mantivesse distância de seu departamento sob a ameaça de desembarcar da gestão.
Neste cenário de suspeitas, a Polícia Civil de São Paulo abriu uma "Investigação Preliminar Sumária". Após essa etapa, a polícia pode pedir a abertura de inquérito. Conforme apurou a coluna do Perrone, um ofício foi enviado ao Timão na última terça (4), solicitando informações sobre a intermediação do contrato.