Augusto Melo desembarca no Brasil nesta quinta-feira com um grande problema para resolver nos bastidores do Corinthians. Desde o fim de semana passado na Inglaterra, o presidente alvinegro viu a viagem ficar em segundo plano diante dos problemas agravados nos últimos dias com a VaideBet. A patrocinadora máster notificou o clube extrajudicialmente pedindo esclarecimento em torno das notícias envolvendo o possível pagamento de comissão para um intermediário no contrato firmado em R$ 370 milhões e válido até o fim de 2026. Além da notificação da VaideBet, Augusto Melo terá em sua mesa um pedido de escalarecimento vindo da Polícia Civil, que também cobra respostas sobre a possível participação de um laranja no contrato com a casa de apostas. A Polícia busca esclarecimentos da denúncia feita pelo "Blog do Juca Kfouri" de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, supostamente repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa "laranja", chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Essa empresa estaria no nome Edna Oliveira dos Santos, que nem sequer saberia da existência da mesma. Até o momento, duas parcelas de R$ 700 mil foram repassadas pelo clube para o intermediário que está registrado no contrato de patrocínio. A notícia não agradou a VaideBet, que entende ter a imagem prejudicada com as inúmeras especulações em torno do contrato com o Corinthians. Na notificação enviada ao clube, a empresa informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e dá dez dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso. O prazo para explicações vence nesta quinta-feira.
Assinado no começo do ano, o contrato entre Corinthians e VaideBet tem validade até o fim de 2026 e prevê o pagamento de R$ 370 milhões – o clube recebeu R$ 66 milhões até o momento, sendo R$ 1,4 milhão sendo destinados ao intermediário do contrato. O Corinthians se manifestou publicamente sobre o caso por meio de nota oficial no mês passado, na qual reafirmou "que todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros. Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias".