A passagem de Cássio pelo Corinthians chegou ao fim após 712 jogos, defesas históricas e nove títulos. Aos 36 anos, ele não deixa o clube para se aposentar, mas para defender a camisa do Cruzeiro , time no qual espera ter mais chances como titular, depois de perder a posição para Carlos Miguel. Embora muito criticado nas redes sociais por atuações recentes, o goleiro nunca deixou de ser ovacionado na Neo Química Arena, o que mostra que seu status de ídolo está preservado. O certo é que ele faz parte do panteão alvinegro formado por nomes como Teleco, Luizinho, Baltazar, Sócrates, Casagrande, Neto, Ronaldo Giovanelli, Tupãzinho, Basílio, Biro-Biro, Zé Maria, Wladimir, Rivellino, Marcelinho Carioca, Rincón, Edilson Ronaldo Fenômeno, entre outros.
Paulistão de 2019 foi o último título conquistado por Cássio no Corinthians.
Afinal, quão ídolo é Cássio? Não é fácil mensurar tamanho de um atleta na história de um clube, mas o Estadão procurou outros jogadores históricos do time do Parque São Jorge para entender o que leva a torcida corintiana a idolatrar alguém. Os motivos vão muito além dos títulos, como bem sabe Basílio , autor do gol da conquista do Paulistão de 1977, que encerrou um jejum de 23 anos.
Basílio defende que Cássio foi vítima de críticas injustas e se diz triste por ver o multicampeão deixando clube, pois acreditava que ele iria se aposentar usando a camisa alvinegra. Apesar frustração, o ex-meio-campista, que frequenta o CT Joaquim Grava e tem contato direto com o goleiro, afirma entender os motivos da saída.
Companheiro de Basílio no fim da década de 1970, tetracampeão paulista e integrante da Democracia Corintiana, Biro-Biro é enfático ao falar sobre Cássio e o coloca como número um entre os ídolos alvinegros.