A Ernst & Young sugeriu que o Corinthians solicite uma Recuperação Judicial (RJ) como uma das soluções para a estabilidade financeira do clube. A consultoria também recomendou a contratação de um CEO e a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), possibilitando a entrada de um investidor como proprietário das ações do clube. No entanto, a chance do Corinthians seguir no caminho de uma RJ é considerada ínfima pela atual gestão.
Em caso de RJ, o Corinthians rescindiria o contrato com a VaideBet, o que representaria a perda do maior acordo de patrocínio do país, no valor de R$ 370 milhões a serem injetados no caixa corintiano até o fim de 2026.
Durante a gestão de 2021 a 2023, o clube apresentou uma redução do endividamento, passando de R$ 949,2 milhões para R$ 885,8 milhões, e um resultado operacional consolidado (Ebitda) positivo de R$ 259 milhões. O lucro operacional total foi de R$ 608 milhões, e o endividamento total ficou em R$ 1,6 bilhão.
O financista José Francisco Pais alertou para o risco de imagem que uma RJ traria ao clube, mencionando a dificuldade de conseguir crédito e patrocinadores, além da possível saída de todas as empresas parceiras do Corinthians.
A recuperação judicial é um processo que busca evitar a falência de uma empresa/clube durante uma crise financeira, permitindo a suspensão e renegociação de parte das dívidas com os credores, com intermédio da Justiça. Em compensação, a empresa/clube fica em regime de fiscalização e tem algumas restrições, mas ganha a suspensão de ações e execuções por 180 dias.