O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou na noite desta segunda-feira as contas do clube referentes a 2023, último ano da gestão de Duilio Monteiro Alves como presidente. Foram 133 votos a favor (23 com ressalvas) e 82 contrários, além de duas abstenções. Com isso, o dirigente se livra do risco de sofrer punições internas no clube, tais como suspensão ou até mesmo inegibilidade.
Nas últimas semanas, diferentes alas políticas do clube vinham se articulando por conta deste assunto. Essa foi a primeira grande votação do Conselho desde que seus membros trienais tomaram posse no início do ano. O órgão ficou composto metade pelo grupo que apoia o presidente Augusto Melo e outra metade pela oposição, de modo que os conselheiros vitalícios se tornaram os fiéis da balança. O Conselho Fiscal, outro órgão interno responsável pela fiscalização do clube, já havia aprovado as últimas contas de Duilio Monteiro Alves com ressalvas. O Conselho de Orientação (CORI) também havia recomendado a aprovação. Nesta segunda-feira, Wesley Melo, diretor financeiro da gestão Duílio, e Rozallah Santoro, que ocupa o mesmo cargo com Augusto Melo, apresentaram o balanço para os conselheiros. Andrés Sánchez e Duílio Monteiro Alves também discursaram para defender a aprovação.
Além das análises internas, o balanço financeiro apresentado pelo Corinthians foi aprovado, sem ressalvas, por uma auditoria independente que fornece um parecer ao Conselho e serviu como base para a votação desta segunda-feira.
O Corinthians fechou 2023 com superávit pelo terceiro ano consecutivo, considerando apenas as contas do clube, sem incluir a Neo Química Arena. O resultado financeiro foi positivo em R$ 1,2 milhão. Quando considerados os juros pagos à Caixa pelo financiamento do estádio, porém, há um déficit de R$ 49,8 milhões. Considerando as receitas brutas do clube e da Neo Química Arena, o clube obteve um faturamento de mais de R$ 1 bilhão. Isso representa um recorde na história alvinegra.
Em meio a isso, há outros rachas na diretoria e articulações já visando a próxima eleição, em 2026. CLIQUE AQUI e confira um panorama da situação. Na semana passada, o presidente do Corinthians prometeu mudanças no departamento de futebol, algo que ainda não aconteceu. Nos bastidores, especula-se que a destituição de Rubão pode desencadear num desembarque de conselheiros da base de apoio a Augusto. Soma-se ao momento de divergência política Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo, que não poupou críticas ao dizer que Rubão "envergonha o Corinthians".