Rubão e Augusto Melo durante treino do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca / Agência Corinthians A diretoria do Corinthians respirou aliviada após a vitória sobre o Fluminense e agora tenta recalcular a rota para espantar a crise.
O Corinthians admitia demitir o técnico António Oliveira se o time não mostrasse desempenho diferente. O Timão venceu e convenceu nos 3 a 0 sobre o Flu. O presidente Augusto Melo gosta de António e entende que o português pode alcançar os objetivos da temporada. O mandatário procura defender o trabalho no dia a dia do Parque São Jorge. A ideia agora é oferecer melhores condições a António Oliveira dentro e fora de campo. E que a vitória diante do Fluminense seja um ponto de partida para período de maior calmaria.
Augusto Melo prometeu "mudar tudo" na semana passada, mas não agiu. O presidente ficou inseguro depois de reuniões com conselheiros e membros de torcidas organizadas. O mandatário entendeu que era momento de priorizar o campo e agora quer resolver os problemas para não perder o comando. A principal pauta é o diretor Rubão. Ele e Augusto estão rachados há meses, e o presidente precisa decidir se destitui ou não o conselheiro do cargo político. Augusto quer aproveitar essa oportunidade para dar recados e deixar claro quem manda: ele no campo administrativo, e o executivo Fabinho Soldado no futebol.
Augusto diz publicamente que o elenco é bom, mas admite nos bastidores que faltam opções para o Corinthians retomar o protagonismo prometido ainda em campanha para a presidência. A diretoria já está atenta a opções para a janela de transferências que reabre em julho. O objetivo é se antecipar. O Timão reconhece que conduziu mal as negociações e acabou gastando muito sob pressão, como nos casos de Matheuzinho e Pedro Raul. O planejamento com Fabinho Soldado é encaminhar contratações com antecedência e sem entrar em leilões que aumentam o preço.