O balanço financeiro do Corinthians referente a 2023 aponta um aumento de 70,9% na dívida do clube com direitos de imagem. No ano anterior, o Timão fechou a temporada com R$ 66,7 a pagar aos atletas. Esse valor saltou para R$ 114 milhões, segundo o demonstrativo, documento que será votado pelo Conselho Deliberativo corintiano na próxima segunda-feira. A Gazeta Esportiva procurou a equipe de Duilio Monteiro Alves, presidente responsável pela gestão no último triênio, e o ex-dirigente não só apresentou justificativas como lembrou de ações de Augusto Melo que, segundo ele, tiveram impacto direito do resultado final. "As pessoas estão olhando o balanço, não tentam esclarecer as dúvidas que têm e acabam reforçando narrativas equivocadas", afirmou Duilio.
Sobre o que compõe o montante de R$ 114 milhões, o ex-presidente explicou que já há dívidas negociadas, parceladas, mas que no balanço precisam ser apresentadas por inteiro. "Quando se renova com um jogador, o que será pago mês a mês de direito de imagem ao longo de todo o contrato é lançado nesse campo. Logo, não significa dívida em atraso, mas compromisso assumido". Duilio também lembrou de questões específicas, como o acordo feito com Róger Guedes. O balanço apresenta que o Corinthians tem de pagar R$ 8,9 milhões. Entretanto, o mesmo documento mostra que o clube tem a receber R$ 12,7 milhões do Al-Rayyan pelo mesmo jogador.
"Como os direitos federativos estão sendo pagos em parcelas, o que aparece no balanço de 2023 é o repasse que o Corinthians é obrigado a fazer ao jogador quando recebe o que vem do clube atual dele". Pra finalizar, Duilio Monteiro Alves voltou ao tema de uma nota oficial emitida por ele no dia 29 de dezembro de 2023.
Em março deste ano, o Corinthians conseguiu quitar todas as pendências de salários e direitos de imagem com o atual elenco graças ao adiantamento do valor da venda de Moscardo. O clube, agora, precisa resolver como fará para acabar com as dívidas que ainda estão em aberto com os atletas que já deixaram o time.