António Oliveira, do Corinthians, no jogo contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão Imagem: Bruno Escolastico/Ag. Estado O técnico António Oliveira se mostrou satisfeito com o empate do Corinthians em 0 a 0 com o Atlético-MG na Neoquímica Arena, neste domingo, pela estreia do Brasileirão. Empate: " E creio que minhas equipes são muito equilibradas. Não digo que não sofram gol, mas sofrem. Mas acaba por ser justo, num jogo tremendamente difícil" Expulsão: "Estou aqui desde 2020, quem me conhece sou assim mesmo. Evidente que estou marcado por eles. Não vou deixar de viver o jogo a minha maneira, de forma apaixonada. Mas não me orgulho" Arbitragem : "No segundo tempo pareceu que tentou compensar. Não é possível, num jogo de futebol, 60% a bola estar parada". Veja mais respostas do treinador
Sobre o jogo É um início de nova temporada e Brasileiro, muitos desafios. Calhou de ser contra um adversário ao título, uma equipe que tem uma consistência de jogadores, que jogam junto, há muito tempo. Uma equipe muito encaixada. Acabamos por tirar vantagem disso com a expulsão de um jogador. Eu não sou muito disso, cada um faz seu trabalho, mas sobre o juiz, não gostaria de ter essa função. O mundo inteiro está de olho neles, não podem falhar. Sei que também têm família, fazem as coisas de forma honesta. Agora, não posso crer na segunda parte para compensar algo que ele fez bem. No segundo tempo pareceu que tentou compensar. Não é possível, num jogo de futebol, 60% a bola estar parada. O Yuri estava no chão, o árbitro manda seguir. Nós recuperamos, um jogador do Galo se joga no chão e... não pode ser. Há uma dúvida gritante de critérios. Acho que foi mal nas duas partes em alguns momentos. Creio que deveríamos ter feito mais na criação, mas não podemos apontar nada a uma equipe que há três dias atrás parecia 'era isso, aquilo', precisamos arranjar um ponto de equilíbrio. Foi contra um adversário muito forte. O que me chamou a atenção foi eu ter pedido para serem uma uma equipe equilibrada, organizada e competitiva. E foram. Não é por 10 homens na frente que terei mais chance de gol, pelo contrário, vou desorganizar a equipe. Quanto melhor defendemos, mais conforto damos para quem ataca. E creio que minhas equipes são muito equilibradas. Não digo que não sofram gol, mas sofrem. Mas acaba por ser justo, num jogo tremendamente difícil.
Arbitragem: "Eu não sou muito disso, cada um faz seu trabalho, mas sobre o juiz, não gostaria de ter essa função. O mundo inteiro está de olho neles, não podem falhar. Sei que também têm família, fazem as coisas de forma honesta. Agora, não posso crer na segunda parte para compensar algo que ele fez bem. No segundo tempo pareceu que tentou compensar. Não é possível, num jogo de futebol, 60% a bola estar parada. O Yuri estava no chão, o árbitro manda seguir. Nós recuperamos, um jogador do Galo se joga no chão e... não pode ser. Há uma dúvida gritante de critérios. Acho que foi mal nas duas partes em alguns momentos
Sequência "Antes de tudo, não olho sequência, olho próximo jogo. Será importante quarta contra o Juventude, nele que vamos nos concentrar. Por outro lado, nossa equipe foi extremamente equilibrada. O adversário com um a menos se fechou em linha de cinco, retirou espaços, tentamos usar a área, Wesley e Matheus tentaram dar largura, mantendo dois contra um lá atrás, demos mais liberdade ao Hugo, tivemos Paulinho na transição (...) Em qualquer forma, estamos crescendo. O que senti, foi uma equipe equilibrada, que não deu chances ao adversário finalizar. Queremos ganhar todos os jogos, mas saio satisfeito pelo rendimento e comportamento dos jogadores, estaria felicíssimo se tivéssemos ganho
Projeção "Há uma coisa que tenho, que é uma crença enorme nestes jogadores. Nas projeções, sempre disse que não faria a longo prazo. É viver um dia de cada vez. Isso não é um chavão usado como escudo para não criar expectativas, mas uma equipe que está se reestruturando, que muitos jogam juntos pela primeira vez, que está trabalhando no meio das competições, e acho que é um trabalho digno e de qualidade, gente com qualidade humana, com vontade de aprender, tem me dado prazer trabalhar com eles. Amanhã no treino vamos trabalhar o próximo jogo, que é o mais importante. Vai ser desafiante, mas vai valer a pena'
Expulsões "Eu já estou aqui desde 2000 e... quem me conhece sabe e sou assim mesmo. Evidente que estou marcado por eles. Não vou deixar de viver o jogo a minha maneira, de forma apaixonada. Tinha um bandeirinha que é um dos melhores do país, nos damos muito bem, mas o árbitro....Não me orgulho disso, de estar suspenso, de levar amarelo, mas faço análise do adversário. O árbitro tem de fazer análise de quem vai enfrentar, por que tantos amarelos? Por que não podemos ter uma conversa? O fato de dar um amarelo de forma intempestiva não ajuda em nada. Temos culturas esportivas diferentes e que se preza mais pelo diálogo. Foi por isso que Deus nos deu uma língua. Mas percebi que a tolerância é zero para alguns. Agora, isso tem que ser igual para todos. Não se pode ter medo de ninguém. Se formos honestos e realmente rigorosos com todos, com o mesmo critério... mas não não me orgulho em nada. Mas tem que existir a tolerância para todos.Acho que deve existir diálogo e tolerância, tenho quase 100 jogos no Brasil. Não sou novato aqui. Sou alvo sempre, devo refletir, mas será que ele não vai para casa e reflete também? É preciso mais tolerância
Desempenho "Muito satisfeito com o rendimento de todos. Já fui torcedor e quando as coisas eventualmente a gente poderia ter feito mais, os que estão fora sempre são melhores que os que estão dentro. Geralmente é assim. Mas é viver jogo a jogo, ver onde podemos crescer, ver os espaços que adversários oferecem, quais jogadores encaixam. Não gosto de individualizar, Coronado vem bem, tem entrado bem, vem de um processo difícil, 2 meses sem treinar, tivemos de condicionar, teve dengue , vai cada vez mais atrasando sua conclusão, é preciso cautela. Não podemos correr risco. Maycon só podia jogar aquela minutagem, é preciso cuidado, temos que ser sempre assertivos a cada jogo'