Há 15 dias desde que António Oliveira desembarcou no Corinthians, e desde então o técnico tem enfrentado uma maratona de trabalho, comandando a equipe em três vitórias e um empate. No entanto, a chegada do português ao clube teve um aspecto crucial: a insistência de sua esposa, Márcia Oliveira.

Casada com António Oliveira há 15 anos, Márcia alertou que essa seria uma oportunidade única na carreira do treinador. Para ela, essa era a hora exata de seu marido mostrar seu potencial em um clube de maior destaque, enfatizando o árduo trabalho que ele vem realizando ao longo dos anos.

“Ele está muito feliz com essa ida ao Corinthians. É uma coisa que não se pode recusar, que pode só acontecer uma vez na vida. Disse a ele que se recusasse essa proposta, poderiam nunca mais convidá-lo de novo. Ele estava bem no Cuiabá. Temos que saber aproveitar essas oportunidades. Acho que já era altura de mostrar o potencial em um cube maior, ele trabalha muito. Ele chega em casa e ainda vai trabalhar, depois de todas as horas no CT, fica até de madrugada”, disse em entrevista ao Uol.

Márcia mora em Portugal com os filhos - Afonso, de nove anos, e Adrian, de sete -, e estava apenas de férias no Brasil quando foi vista acompanhando António em São Paulo. Apesar disso, ela compartilha que não vê seu marido retornando tão cedo ao país de origem e inclusive considera a possibilidade de se mudar para o Brasil no futuro próximo.

“Gostava muito que treinasse (na Europa) por estar mais perto. Não peço nem em Portugal, que é difícil, mas acho que ele já se habituou tanto e gosta do Brasil, não o vejo saindo do Brasil tão depressa. Agora no Corinthians, se calhar vai ter mais visibilidade, mas não o vejo treinando aqui, gosta muito do Brasil. Mais para a frente, sim (penso em mudar para o Brasil), os meninos precisam do pai”, falou.

Quando esteve no Brasil, Márcia teve a oportunidade de acompanhar com sua família a primeira partida de António no comando do Corinthians, que resultou em uma vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa na Neo Química Arena. Ela expressou ter ficado arrepiada com a paixão da Fiel e destacou que nunca presenciou um apoio tão fervoroso.

"Fui ver o jogo contra a Portuguesa, fiquei arrepiada. Nunca tinha visto uma torcida assim, vibram do início ao fim. Aqui só vou a jogos do Benfica com os meus filhos, mas não tem nada a ver. A torcida não tem nada a ver, arrepia qualquer pessoa", relatou.