Aos 41 anos, António Oliveira terá pela frente sua maior missão profissional a partir dessa semana. Ainda em começo da carreira e respaldado por uma torcida de mais de 30 milhões de pessoas, o técnico português tem urgência para arrancar resultados de onde não se imagina e como primeiro objetivo livrar o Corinthians do grande vexame da sua história. Difícil projetar resultados no Corinthians do Campeonato Paulista . Agora são cinco derrotas consecutivas, e um vazio existencial em time e elenco. Faltam qualidade, profundidade de elenco e um trabalho coletivo. Na quarta-feira, a equipe mal passou do meio-campo, ameaçou de fato apenas nos minutos finais e se tornou vítima fácil do Santos na Vila Belmiro. A derrota por 1 a 0 saiu barata e estragou uma noite especial para o goleiro Cássio, que completou 700 jogos dentro do clube de Parque São Jorge. A realidade de idolatria e títulos vivida pelo camisa 12 no passado pode se tornar o maior pesadelo diante da situação crítica e ameaçadora de rebaixamento no Paulistão.
Ainda é início de fevereiro, mas o clube e António Oliveira terão seis decisões para não manchar novamente a história vitoriosa do Timão e vislumbrar até uma melhor sorte dentro do Campeonato Paulista. O treinador português mal terá tempo para testes e precisa encontrar soluções rápidas para evitar a tragédia que colocaria em xeque toda uma temporada pela frente. Um time frágil Os primeiros minutos do clássico indicavam mais uma noite de dificuldade para o Corinthians . Na primeira partida sem Mano Menezes, demitido na última segunda-feira , o time se apresentou acuado e com muitas dificuldades na saída de bola. Defensivamente, como nos outros jogos pelo Paulistão, a desatenção defensiva custou o jogo.
Um cruzamento de escanteio de Otero no meio da área encontrou João Schmidt completamente livre para desviar de cabeça e vencer Cássio ainda aos 23 minutos do primeiro tempo. O lance apagou o ensaio de um bom início do Timão. Com três minutos, Maycon recebeu contato do próprio João Schmidt dentro da área e reclamou de pênalti, ainda em um início competitivo e de boas trocas de passes. O Corinthians só incomodou realmente João Paulo nos minutos finais com Rojas e Rodrigo Garro.
O paraguaio, em cobrança de falta, e o argentino, com um chute de fora da área, tentaram um empate que soaria injusto diante de novo desempenho aquém do que representa a instituição. É muito pouco para uma equipe ainda mais pressionada e que começa novo trabalho nos próximos dias. Não há mais como adiar o recomeço do Corinthians .