Rubão foi acordado pelo toque do celular às 2 da manhã da última sexta-feira, em São Paulo. O motivo? A janela de transferências. De algum lugar do mundo, uma pessoa tentou fazer um contato para tratar de algum jogador que poderia interessar ao novo diretor de futebol do Corinthians.
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Aos 58 anos, Rubens Gomes foi o grande articulador da campanha do presidente eleito Augusto Melo, costurando o apoio da oposição. Homem de confiança do novo mandatário, tem participado da transição, montado a base de apoio do grupo político e, além de tudo, chefiado o departamento de futebol.
Com experiência adquirida entre 2006 e 2007, quando participou da reta final da gestão Alberto Dualib num momento de transição do Corinthians da MSI para um clube com as mazelas do fim da parceria, Rubão é quem tem negociado com clubes e empresários na busca por reforços. Cabe a ele também, junto de Augusto, entrevistar possíveis candidatos ao cargo de executivo de futebol do Timão.
Rubens Gomes, o Rubão, diretor de futebol do Corinthians — Foto: Marcelo Braga
Montou o time que caiu?
Rubão, de fato, participou da campanha do rebaixamento do Corinthians em 2007.
Vice-presidente de futebol naquele ano, ele se afastou do cargo em agosto, quando Dualib e o vice Nesi Curi pediram licença do cargo em meio a investigações. Assim, nega ter sido responsável pela queda do Timão naquela temporada, que só foi confirmada nas mãos do presidente Andrés Sanchez.
– Deixei o Corinthians no final do primeiro turno, com o time na nona colocação, com um jogo a menos, e com R$ 70 milhões em caixa, pelas vendas de Carlos Alberto, Willian, Marcelo Mattos e Éverton Santos. Depois que saí que contrataram Aílton, Iran, Fábio Braz... – recorda-se o dirigente.
O dirigente, aliás, diz que não gostaria de ter feito a venda de Willian ao Shahktar Donestk no meio do Brasileirão por US$ 19 milhões (R$ 38 milhões à época). Ele acreditava que o clube receberia oferta maior do Real Madrid, da Espanha, mas vendeu por pressão de empresários e da família do jogador.
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Rubens Gomes, o Rubão, diretor de futebol do Corinthians — Foto: Marcelo Braga
Carreira, vida política e Capetinha
Bacharel em Direito e formado também em Tecnologia da Informação (TI), Rubens Gomes é empresário e possui uma empresa que realiza consultoria em administração pública e privada. A empresa desenvolve e vende softwares e tem sede num bairro da Zona Oeste de São Paulo.
Rubão trabalhou no TI da construtora Camargo Corrêa e tem bom trânsito também na área política.
Foi por dez anos chefe de gabinete do então vereador José Eduardo Cardozo, que ficou na Câmara até 2003, até se eleger deputado federal. Rubão seguiu em São Paulo e chefiou o gabinete do então vereador (e conselheiro do Corinthians) Romeu Tuma Junior, entre 2003 e 2007.
Rubens Gomes, o Rubão, diretor de futebol do Corinthians — Foto: Marcelo Braga
Pelo bom trânsito no Governo, aliás, Rubão estará à frente das conversas com a Caixa Econômica Federal para tentar dar sequência ao acordo de quitação da dívida do Corinthians com o banco pelo financiamento da Neo Química Areana, em negociação iniciada na gestão Duílio Monteiro Alves.
Conselheiro do Corinthians, Rubão tem amizade com diversos ex-jogadores do clube. Um deles é Edilson Capetinha. Aliás, está na casa do dirigente a camisa usada pelo atacante na final do Paulistão de 1999, quando ele fez embaixadinhas e provocou uma briga generalizada com jogadores do Palmeiras.
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