– Foi um jogo parelho, os números do jogo comprovam isso. O Inter foi mais lúcido, e nós mais na superação, no ímpeto e vontade quando conseguimos ter. Sofremos um pouco na frente para chegar organizado. Tivemos volume, roubamos bolas, mas foi insuficiente para criar mais oportunidades claras – avaliou o técnico na primeira resposta que deu.

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O Corinthians correu atrás do Inter durante todo o primeiro tempo, algo que Mano justifica a partir do encaixe ruim da marcação no meio-campo. Para ele, os volantes do Corinthians foram envolvidos já a partir da escalação do Inter e não conseguiram combater a construção do adversário.

– Tivemos dificuldades para encaixar no segundo volante do Internacional, porque tanto Bruno Henrique quanto Aránguiz têm condições de ser o segundo. Às vezes erramos nisso. A preocupação com os meias fez a gente baixar Moscardo e Maycon, mas no segundo momento precisava subir, e aí estava nossa dificuldade. Demos muitas transições livres, como a do primeiro gol – explica Mano Menezes.

– Não adianta definir essas situações mais complexas antes do jogo. É o jogador quem tem que ler durante a jogada. Nós sofremos aí. No segundo tempo arriscamos mais, tivemos ímpeto, mas faltou lucidez. Fizemos um jogo jogado, só temos que parar de perder em casa porque não podemos nos acostumar a resultados assim – cobra o treinador alvinegro.

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Mano toma o cuidado de não citar nomes, mas é claro quanto à necessidade de aprofundar o elenco do Corinthians para 2024. Questionado sobre a reformulação que foi contratado para fazer, ele diz que tudo começa com o dinheiro que o clube terá para se reforçar.

– O mais importante é saber quanto o Corinthians vai ter para investir. A partir desse momento você estabelece o nível de transformação que vamos fazer no elenco. Hoje, por exemplo, em um momento crucial, só colocamos jogadores com menos de 20 anos. E não é fácil entrar nessa hora. Você vê quem entra do outro lado, como tem um equilíbrio maior – compara o treinador, referindo-se ao Inter.

Mano fez cinco trocas no jogo: colocou Wesley, Matheus Araújo, Pedro, Matheus Bidu e Felipe. Do outro lado, o Internacional usou Campanharo, De Pena, Gabriel, o jovem Thauan Lara e Luiz Adriano.

– Às vezes o jovem toma a decisão errada, é normal nessa idade. O Corinthians teve que apressar o uso desses jogadores em número bastante grande, e nessa hora precisamos buscar um equilíbrio na construção do elenco, na parte física, mental, de maturação, experiência em jogos importantes como o de hoje. Isso é mais importante do que tudo – conclui o técnico alvinegro.

O elenco tem problemas físicos? – A gente organiza taticamente para minimizar as dificuldades que podemos ter fisicamente. Uma equipe mais organizada sofre menos, mas não tem jeito: em alguns momentos a disputa passa a ser intransferível, no um contra um, e temos que vencer mais vezes esses duelos. Não acho que o problema foi físico neste jogo.

Falta craques no Corinthians? – O Corinthians está encerrando um ciclo, me parece bem claro isso. E chegou assim. Às vezes você avalia no começo da temporada, as coisas não andam bem, perde-se a confiança e sem ela é difícil alguém ser o diferencial. A confiança faz parte do jogador como parte individual do coletivo da equipe.

Três tropeços seguidos em casa – O fator casa é importantíssimo no futebol brasileiro. A maioria das equipes tem aproveitamento alto em casa. Em determinados momentos isso se torna uma pressão, você não consegue conviver com isso porque (jogar em casa) deveria ser positivo, mas alguns jogadores acabam se inibindo um pouco mais. É só temporário. Vamos voltar a vencer como sempre vencemos, no ano que vem será diferente.

Despedida de Fábio Santos – A trajetória do Fábio no Corinthians é extremamente significativa e vencedora, e não só aqui. É exemplo aos outros jogadores pela dedicação e trabalho. Foi um dia muito emocionante para ele e a família, a gente fez parte deste dia. Certamente, na hora das reposições, tem que levar isso em consideração também. Esses jogadores fazem falta em momentos importante, nas dificuldades do jogo, entender as dificuldades do time, como manter resultados, e eles ajudam neste aspecto. É importante considerar isso na escolha (das contratações). Não precisa exatamente ser da mesma posição, mas precisa ter jogadores com essa liderança, sim.

– Fábio veio de um jogo bem desgastante contra o Vasco, inteiro, e estava entrando em momento de desgaste (quando foi substituído). Achamos que poderíamos ter um apoio maior, porque estava perdendo. Bidu é mais jovem, poderia acrescentar ofensivamente. Ao mesmo tempo proporcionou uma homenagem de estádio cheio para o Fábio, que merece muito.

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