O Corinthians perdeu para o Internacional por 2 a 1, neste sábado (2), na Neo Química Arena, em jogo válido pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida marcou a despedida de Fábio Santos, e ao final do confronto, o técnico Mano Menezes avaliou a partida e falou sobre as necessidades do clube para 2024.
- Primeiro, achei que foi um jogo parelho. Se você olhar os números, vão comprovar isso. Posse, situações de gol... A gente deu uma olhada rápida para não falar coisas que não são. Achei o Inter mais lúcido, e a gente mais no coração, na vontade. Sofremos um pouco por uma chegada mais organizada, volume em alguns momentos, roubamos bola, mas foi insuficiente para criar mais oportunidades claras como a última do jogo... Mas, foi um jogo jogado. A gente sabia que era um jogo difícil, considero eu o Internacional uma equipe que estava fora do local da tabela pelo time que tem, estava mais pelas circunstâncias do Campeonato do que pelo jogo. Foi assim que trabalhamos e mostramos pros jogadores. Tivemos problema para encaixar no segundo volante, porque diferente dos outros jogos, quando jogava Jhony, era sempre o primeiro. Quando saiu a escalação com Aranis e Bruno, os dois podem ser segundos, e você não tem como escolher, a gente de vez em quando errou isso.
- A preocupação de marcação sobre Alan Patrick e Mauricio fez a gente baixar um pouco Moscardo e Maicon, mas num segundo momento tinha que subir, foi a nossa maior dificuldade. A gente deu muitas transições, como a do primeiro gol, por exemplo. Escolhemos marcar o zagueiro, deixamos um volante sair, e tomamos o gol. Exige mais leitura, jogos assim são mais complexos, que não adianta definir antes, o jogador tem que ter capacidade de fazer a leitura durante. No segundo tempo arriscamos mais, tentamos, tivemos mais ímpeto, faltou um pouquinho de lucidez, mas fizemos um jogo jogado e temos que parar de perder na nossa casa, porque não podemos nos acostumar com resultados assim.
Parte física:
- Não (a tática não tem a ver). A gente organiza taticamente para minimizar as dificuldades físicas. Uma equipe organizada sore menos, mas às vezes não tem jeito. É um contra um, são duelos individuais. Não acho que foi físico o problema no jogo específico de hoje. Se você quer analise individual eu não vou entrar, não acho correto.
Contato com Augusto Mello:
- Eu confirmo que a gente teve a primeira reunião, muito mais para se conhecer, saber o que pensam os novos dirigentes que vão assumir o clube, porque a partir desse pensamento que a gente estabelece as diretrizes. Eu não acho que o problema do elenco seja gestão, eu acho que começam a estar bem trabalhadas no dia a dia, o clube vai passar por transformações, quem dirige o clube vai dizer o que quer, e nós vamos nos adaptar e ver como vai funcionar.
Necessidades para 2024:
- Geralmente, a gente quer individualizar. Sai quem? Entra quem? Quantos vai trazer? Não é essa a parte mais importante. O mais importante é saber quanto o Corinthians vai ter para investir, e a partir desse momento vai estabelecer o nível de transformação do elenco. Hoje, no momento crucial do jogo, a gente colocou jogadores com menos de 20 anos, não é fácil entrar nessa situação. Do outro lado, o equilíbrio é maior. Às vezes o jovem demora a entrar no jogo, toma decisões erradas, mas é do jogador em formação, e o Corinthians teve que apressar isso em número grande. Então, a gente tem que buscar um equilíbrio de elenco, no físico, maturação, momento de jogos importantes.... Isso é mais importante do que tudo.
Jogo contra o Coritiba pode projetar 2024?
- Eu não tenho todas as decisões porque isso vai depender de um monte de situações que o clube vai fazer, em política, investimento, questões maiores, contratações, chegada de jogadores. E a chegada influencia na saída, porque é isso que você compara. Você quer fazer transformação para ganhar competitividade, valências físicas, mas têm que colocar na balança se as transformações significarão acréscimo. Já vimos muita gente transformar para pior, não vou fazer isso em uma partida de futebol. A temporada está clara, e é isso que se tem que levar em consideração para avançar no que o clube vai propor.
Avaliação 'fria', mas pensando no torcedor
- Entendo perfeitamente o sentimento do torcedor. Ele é passional, tem uma parte de razão, porque você não pode iniciar a temporada que vem e mostrar para ele que os mesmos vão fazer algo muito diferente do que ele viu, é assim que ele se sente. Essas coisas precisamos refazer, modificar, passarão por esse entendimento, sentimento, e a direção vai levar isso em consideração, que é a razão que vamos trabalhar todo o ano que vem.
Como explicar a inconstância?
- Por questão de conhecimento, temos que tirar o jogo do Bahia dessas situações, porque na minha opinião o que aconteceu não faz parte da normalidade. São derrotas, vitórias, fazem parte. Aquele dia não entregamos nada, o jogo terminou daquela forma por culpa nossa. Foi diferente de hoje. Por mais que fique triste com a derrota, ninguém gosta de perder, a gente viu outra situação jogada. Em jogos grandes você ganha, perde, empata. É tão importante pros outros quanto para nós. A gente tem notícia que o bicho de lá era o triplo. A gente tem que saber diferenciar uma coisa da outra, senão entra tudo na vala comum.
Até que ponto a área técnica vai intervir para 2024?
- A área técnica vai ser ouvida no que for da parte técnica. Foi a impressão e o que acertamos nesse primeiro momento, e é o que eu acho que tem que ser feito. O Clube sempre deve ter questões institucionais, e você tem que ter compreensão do sentimento do torcedor, e você não pode desconsiderar a razão pela qual existe, mas tem que ter equilíbrio, razão, questão financeira...
o internacional eu não posso falar muito pouco porque a gente é mal interpretado, mas como estive lá, eles vem se reconstruindo com a ideia de acrescentar a cada dia mais. a gente ta encerrando um ciclo, e chegou com ochegou assim. as vezes voce avalia m inicio de temporada, as coisas nao andam bem, e quando nao se tem essa confiança, o jogador como individual e o coleitvo da equipe. eu acho que vcs podem avaliar publicamente, eu que não posso
Por que o Corinthians às vezes está bem e "desliga"?
- O futebol não é só estar ligado ou desligado, é muito mais que isso. O Internacional conseguiu jogar bem naquele momento porque é um bom time. Tem jogadores de qualidade para executar essa ideia, e tivemos dificuldades como outros têm em alguns momentos do jogo. O que aconteceu naquela hora, aconteceu dentro da normalidade de um jogo de futebol.
A substituição de Fábio Santos por Matheus Bidu. Foi técnico?
O Fabio jogou uma parte inteira, estava entrando em desgaste, e achamos que podiamos colocar uma força maior, já que estavamos perdendo. O Bidu é mais jovem, mais forte. E ao mesmo tempo, acho que se proporcionou uma homenagem bonita para Fábio do torcedor, e é um jogador que está naquela imagem bonita do futebol
Saída de um líder?
O Fábio é realmente elogiável a trajetória no Corinthians, não só aqui, mas falando daqui, é extremamente significativa, vencedora, exemplo para os outros em dedicação, trabalho. Foi um dia emocionante para eles, seus familiares, a gente fez parte desse momento, e isso você tem que levar me consideração também. Eles fazem falta em momentos de dificuldades do jogo, como conservar e manter placares importantes, então achar esse equilíbrio também é importante, não na mesma posição, mas tem que ter jogadores com essa liderança, sim
Romero
Sempre deu sua contribuição, em outros momentos sempre foi muito tático, muito usado, e sempre comparece no placar. Agora está vivendo esse momento, foi muito importante nas últimas vitórias, e eu acho isso a demonstração de como o futebol é. Porque temos que respeitar todos? Porque logo você vai ver o que ele tem para entregar. Jogadores como ele contribuem muito na temporada para os gols que o time tem que fazer. Comecem a somar vocês, e vejam quem pode completar. Romero vai estar lá. Com 10, 12, 15 gols. Faz parte tática, entrega gols, sempre vai ser importante e sempre se doa à equipe.
Como recuperar confiança em casa
O fator casa é importantíssimo no futebol. Se a gente olhar a maioria das equipes, a composição é sempre maior em casa. Quando a gente passa alguns momentos, isso se torna um pouquinho mais pressionante. Às vezes a gente não suporta, tem alguns jogadores que sentem mais, mas eu acho que é transitório. Ano que vem será diferente
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