O antes candidato de oposição e agora vencedor das eleições será o responsável por guiar o futuro do Timão, que não vence um título no futebol masculino desde 2019 e que sofre com dívidas.

Abaixo, o ge lista cinco principais desafios de Augusto na presidência:

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Uma das grandes críticas à gestão de Duilio Monteiro Alves é a ausência de títulos. A última taça conquistada pelo clube no futebol masculino foi o Campeonato Paulista de 2019, na gestão de Andrés Sanchez. Desde então, o Timão foi vice-campeão da Copa do Brasil de 2022.

Assim, um dos grandes desafios do próximo presidente é tornar, novamente, o clube vitorioso. E, para isso, terá de acertar no planejamento. O técnico Mano Menezes deve seguir no cargo e ajudar a reformular o elenco para 2024. A montagem passa pela renovação (ou não) do contrato de jogadores importantes.

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Alguns casos são emblemáticos, como o do meia Renato Augusto, que tem contrato até 31 de dezembro e ainda não foi procurado pela atual gestão. Aos 35 anos, é idolatrado pela torcida, mas sofre com lesões e a ausência em jogos importantes.

Outros casos, como o do zagueiro Bruno Méndez, são mais complexos. Ele já foi procurado para renovar e passou praticamente todo o semestre com a oferta na mesa, mas não aceitou. Além dele, Cantillo, Fábio Santos, Gil, Giuliano, Paulinho, e Ruan Oliveira estão em fim de vínculo.

Embora Duilio diga que o grande título de sua gestão tenha sido pagar contas, o próximo presidente terá muito trabalho a fazer no quesito finanças: equalizada, a dívida do clube está longe de ser zerada (cerca de R$ 900 milhões) e, por isso, o controle financeiro deve seguir norteando a próxima gestão.

Aumentar a arrecadação e angariar mais patrocínios precisará estar entre as prioridades do clube nos próximos anos para torná-lo financeiramente mais saudável. O clube arrecadou na casa de R$ 1 bilhão em 2023. Só a manutenção de um caminho de austeridade financeira poderá ajudar a ao menos amenizar o problema.

Referência no futebol feminino da América do Sul e maior campeão do país, o Corinthians precisará se reorganizar para 2024. Arthur Elias deixou o comando da equipe rumo à seleção brasileira, e o próximo presidente terá de definir seu substituto. Não só isso: várias jogadoras estão em fim de contrato e precisarão do aval e análise para uma renovação.

Há, também, de ser analisada a permanência ou não de Cris Gambaré no cargo de diretora da modalidade. Durante a campanha, ela chegou a criticar Augusto Melo por um áudio machista que vazou entre associados. Resta saber se o candidato irá trabalhar com quem o criticou durante a campanha.

A quarta missão certa do próximo presidente é finalizar o acordo de quitação da Neo Química Arena com a Caixa. A proposta feita por Duilio já está sendo analisada pelos órgãos de controle e deve avançar nos próximos meses .

Em troca da quitação do financiamento do estádio, o Timão assumirá algumas dívidas da empresa estatal com desconto de 90%. São os chamados precatórios. É missão do próximo presidente analisá-los criteriosamente e definir o fluxo de pagamento.

Além disso, também estará em pauta aumentar a capacidade do estádio. Com mais de 30 milhões de torcedores, o Corinthians tem ciência de que poderia receber mais gente nos jogos, que estão sempre cheios ao longo da temporada, e trabalhará para aumentar a capacidade principalmente dos setores mais populares de sua casa.

Uma das missões não cumpridas pela atual gestão do clube é a construção do alojamento para as categorias de base, promessa de campanha não só do candidato vencedor, mas também de seu opositor.

Já foi construído um CT para os garotos, ao lado do CT Joaquim Grava, mas não houve evolução em relação ao hotel para hospedá-los.

É desejo do próximo presidente dar andamento às obras para a construção do alojamento para, então, conseguir expandir os horizontes do garimpo de novos jogadores para todo o Brasil e até mesmo no exterior.

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