24/11/2023 11:22

Jadson repassa carreira e lamenta forma como saiu de Corinthians e Athletico: "Tem muita trairagem"

Jadson repassa carreira e lamenta forma como saiu de Corinthians e Athletico:

Aos 40 anos, Jadson curte a aposentadoria do futebol bem longe da bola. Agora empresário, o ex-meio-campista descansa depois de viver uma carreira de muitas conquistas e um final nem tão agradável, com saídas conturbadas de Corinthians e Athletico. Justamente os times que tem maior carinho.

Veja a entrevista com Jadson

Jadson recebeu o ge em casa para uma entrevista em que repassou a trajetória no futebol. Falou sobre o time do coração na infância, do gosto amargo de perder o título brasileiro com o Athletico, em 2004, do período no Shakhtar Donetsk e o quase acerto com o Arsenal.

Além disso, lembrou a volta ao Brasil com passagens por São Paulo , Corinthians e novamente Athletico. Ele pendurou as chuteiras no Vitória , no ano passado.

O futebol tem muita trairagem nos bastidores, é complicado
— Jadson, ex-meia, ao ge

Sobre o Timão, Jadson também falou sobre a forma que deixou o clube, em 2020, sendo liberado após o técnico Tiago Nunes ser contratado. No mesmo ano, ele acionou o Corinthians na Justiça para cobrar direitos de imagem.

- É um direito, né? Se houve um acordo e não foi cumprido, eu tenho que buscar meu direitos. Eu sou corintiano, mas o justo é o justo. É a questão da diretoria me ligar e chegar em um acordo - disse Jadson.

Atualmente, Jadson trabalha em empresas próprias nos ramos de construção civil e energia sustentável. Ele possui residências em Curitiba e Londrina, mas passa a maior parte do tempo na capital paranaense. Leia abaixo a entrevista completa:

Jadson Athletico Corinthians — Foto: Reprodução/RPC

Jadson Athletico Corinthians — Foto: Reprodução/RPC

ge: Tem como explicar a perda do título do Brasileiro com o Athletico em 2004?

Jadson : - Teve um jogo que ficou marcado. Se a gente tivesse ganho, abriria quatro pontos e acabar com a esperança do Santos na reta final, faltando quatro rodadas. Estávamos ganhando do Grêmio por 3 a 0 e, em 15 minutos, levamos três gols. O Grêmio estava praticamente rebaixado, até hoje fico lembrando desse jogo. A gente não deveria ter empatado. A vantagem de dois pontos continuou, mas deu confiança para o Santos. A nossa equipe jogava o fino da bola, o título seria a coroação.

Como foi a chegada ao Shakhtar Donetsk em 2005 e a adaptação à Europa?

- Eu fiz um grande ano, terminei como um dos destaques do Brasileiro (2004), fui premiado por vários meios de comunicação. Tive a oportunidade de ir para a Ucrânia, não conhecia, era uma experiência nova. Era a chance de dar uma qualidade de vida melhor para a minha família e topei. Nos dois primeiros anos foram bastante difíceis para me adaptar, a forma como trabalham, a língua. Fiquei sete anos e meio no Shakhtar, Deus me abençou muito. O clube e os torcedores têm um respeito muito grande por mim. Acabamos ganhando a Liga Europa, em 2009, fora os títulos nacionais. O importante é passar em uma equipe e deixar títulos, o reconhecimento do trabalho. Foi bem bacana, uma passagem super boa.

Teve proposta para clubes europeus maiores?

- Antes de acertar com o São Paulo, o Arsenal me sondou. Lá, eles tinham uma equipe de scout e pegavam três jogadores para fazer comparações. Quando fui convocado para a seleção brasileira, o Arsène Wenger (técnico) foi assistir à partida contra a Escócia, chamou a atenção, mas infelizmente não ocorreu a transferência. Gostaria de ter jogado no Arsenal, em um centro europeu mais reconhecido e também mais difícil.

E os dois anos no São Paulo?

- Tive uma boa passagem pelo São Paulo, fui campeão da Sul-Americana (2012) e convocado para a Copa das Confederações (2013). No Brasileiro de 2013, a equipe não estava muito bem, brigando na zona de rebaixamento e teve a troca do Ney Franco pelo Paulo Autuori e depois pelo Muricy Ramalho. No segundo semestre, o Muricy passou a colocar o Ganso e não me colocava. Fiquei praticamente sem jogar, ele teve as opções dele. No começo de 2014, fiz uma boa pré-temporada, me dediquei bastante, o Muricy viu meu comprometimento e falou que ia me colocar para jogar, mas naquela semana meu empresário falou da possibilidade de troca entre o Alexandre Pato e eu.

Acordo entre Corinthians e São Paulo para trocarem Pato e Jadson gera polêmica

Como foi a troca do São Paulo pelo Corinthians? Teve receio?

- Não pensei duas vezes, já que não estava sendo aproveitado no São Paulo. O Mano Menezes era o treinador do Corinthians, já tinha trabalhado com ele na seleção (2010), na base do Internacional (2000). Tinha uma vontade muito grande de jogar no Corinthians, pela atmosfera da torcida, um grande clube, a segunda maior torcida do Brasil. Decidi topar o desafio. As torcidas tiveram receio da troca, times rivais. Eu sabia que a torcida do Corinthians gostava de jogadores que se dedicavam, se doavam dentro de campo. Aí, no primeiro jogo, contra o Palmeiras (1x1, Paulista de 2014), o Mano me colocou e, na primeira bola que veio, dei um carrinho no Fernando Prass, e a torcida já viu que eu estava querendo. Depois dali, as coisas foram acontecendo.

Você torcia para o Corinthians?

- Eu tinha um carinho pelo Santos. Meu pai era santista e, desde moleque, ele me dava calção, roupa. Tentava influenciar o filho. Depois que cheguei ao profissional, perdi o afeto pelo clube. Quando fui para o Corinthians, a atmosfera é muito top. Já joguei em vários clubes, mas pegar uma torcida que grita do começo ao fim é difícil. Não falo que torcedores não vaiam, mas são 90 minutos apoiando. Se perder, tem a cobrança. Se vencer, está no céu. Sou corintiano e atleticano, tenho carinhos pelos dois clubes.

Foi feliz nos cinco anos de Corinthians?

- Cinco títulos (dois Brasileiros e três Paulistas), Deus me abençoou muito. Em 2015, a equipe tinha entrosamento, a forma de jogar, o Tite deixou o time redondo, as coisas deram certo. Em 2017, outro Brasileiro. O Carille tinha assumido, voltei da China e era aquele papo da "quarta força". Fomos campeões paulistas, da Série A. Sair na rua e ver os torcedores agradecendo, falando daquela época. É o reconhecimento, deixei minha imagem. Tudo tem começo, meio e fim.

Como foi influência do pai, Titi, no futebol e lidar com o falecimento dele no ano passado?

- O meu coroa faleceu há um ano. O meu pai sempre foi meu grande ídolo. Ele sempre jogou futebol amador e me levava com ele. Ele que me levou jogar futsal com cinco, seis anos. Ele sempre me apoiou. Antigamente, os pais tinham preconceito com futebol, tinha que trabalhar para ajudar a família, ter um sustento. Ele não teve a oportunidade que eu tive. Teve um dia que ele chegou e falou: "Jadson, você chegou a um lugar que eu queria ter chegado. Eu me inspiro em você, me vejo em você jogando". Ele me viu no Corinthians, falava que a torcida era diferenciada, tudo um bando de louco que não parava de pular no jogo. Foi muito bacana ter entrado em campo, e ele poder assistir. O velhinho vai deixar saudade, mas a vida é assim. O tempo não para.

Jadson fala sobre saída injusta do Corinthians e planeja futuro em novo clube

Como você avalia sua saída do Corinthians ? Você acha que faltou tato com você e o Ralf?

- Ali, na verdade, analisando muito bem, o Tiago Nunes entrou como um fantoche. Às vezes, a própria diretoria disse que tinha que tirar eu e o Ralf. Ele foi contratado, colocou a cara a bater, mas acho que não foi ele, não. O Tiago não teria essa força. Na minha opinião, teve envolvimento da diretoria por trás.

- Eu achei uma sacanagem maior com o Ralf, uma história muito maior que a minha. Foi sacanagem comigo também, mas mais com ele. Mas faz parte, o futebol tem muito disso, muita trairagem. Depois que o tempo passa, você começa a analisar que o futebol é momento. O ano de 2019 não foi muito bom para mim. Dos cinco anos, foi o único ano que estive muito abaixo. Teve a situação da doença do meu pai, você fica preocupado. Você não fica com a cabeça 100%. No futebol, ninguém entende. Nem falo dos torcedores, mais da diretoria. Se você está bem, eles te levam no banho-Maria. Se está mal, não serve. Tem muito disso. Eles aproveitaram desse ano mal e me mandaram embora. O Ralf não sei o porquê, era um cara dedicado.

Depois da saída, você entrou na Justiça contra o Corinthians . Gostaria de deixar um recado para torcida?

- É um direito, né? Se houve um acordo e não foi cumprido, eu tenho que buscar meu direitos. O meu advogado não entrou contra o clube, mas querendo chegar em um acordo. Os torcedores não entendem, acham que o clube está certo. Os caras tentam colocar você contra a torcida, que você é o errado. Não tenho nada contra o clube. Tenho um carinho muito grande pela torcida e pelo Corinthians. Eu sou corintiano, mas o justo é o justo. É a questão da diretoria me ligar e chegar em um acordo.

Tem explicação para o Corinthians viver esse jejum de títulos nacionais e internacionais?

- Futebol é tudo fase. O Corinthians ganhou praticamente tudo em dez anos. Tem outros clubes com jogadores de qualidade, como Flamengo, Palmeiras, entre outros. Não é todo ano que vai ganhar, o futebol brasileiro é muito competitivo. O Brasileiro é um dos mais difíceis do mundo. Daqui a pouco, isso muda. O futebol vai girando e volta a ser campeão de novo. Estou na torcida que saia dessa situação. Lá em São Paulo sou corintiano.

Qual é a pior torcida para enfrentar: Corinthians ou Athletico?

- É diferente, mas a atmosfera é parecida. A do Athletico, se o time não tiver muito bem com 20, 25 minutos, a torcida começa a ficar nervosa e a dar uma vaiada. Mas, se o Athletico tiver vencendo, é pressão o todo tempo. A diferença para o Corinthians é que eles não param de cantar o jogo todo.

Jadson quer voltar para o Athletico; entenda

Na volta ao Athletico, entre 2020 e 2021, você não teve tantas oportunidades e acabou sendo afastado . Você saiu triste?

- Eu voltei para o Athletico, nesta segunda passagem, sem torcida, ainda estava a pandemia. Se tivesse a torcida ali, junto, vendo minhas atuações, eu acho que eles teriam como ver e cobrar meu desempenho. Sou grato ao seu Mario Celso Petraglia por ter aberto as portas. Eu tenho uma consideração muito grande por ele, porque acreditou no meu futebol, abriu espaço para eu sair para o mundo. Na segunda passagem, também acho que teve trairagem. Não do seu Mario, mas da diretoria, do António Oliveira, Paulo Autuori.

- Teve uma coisa ali nos bastidores. O Autuori que trouxe o António. Não sei o que eles queriam. Às vezes, eu sendo um jogador experiente ali no meio, não sei o que pensavam. Teve sim um pouco de trairagem. O Mario não teve nada a ver com isso, sou grato a ele. Até falei isso para ele, o encontrei em um restaurante, agradeci por tudo que me proporcionou, de poder ir a um nível de restaurante que ele vai. Se não fosse ele apostar em mim, no meu futebol, eu não teria conquistado tudo que conquistei. O futebol tem muita trairagem nos bastidores, é complicado.

Como foi a decisão de pendurar as chuteiras? Não dava mais, não sentia prazer? Qual foi o motivo?

- Quando eu estava no Vitória, comecei com umas dores nas costas. Fui fazer exames e era um começo de artrose. Então, eu decidi parar para não forçar e piorar. Resolvi ter qualidade de vida do que ficar com dor pelo resto da vida. Estava com 39 anos, quase 20 de profissional. Então, decidi com a minha família que não queria mais. É difícil para caramba. Você tem uma rotina desde os 13 anos, de treino e jogo, daquela presão gostosa do estádios. Você sente a falta disso, mas sou grato por tudo que Deus me proporcionou. Não tenho o que reclamar na carreira, sou um cara realizado.

Poderia ter mais oportunidades na seleção brasileira?

- A Seleção tem muitos jogadores de qualidade, é muita concorrência. Eu sei que tinha qualidade, mas você tem que estar bem sempre. Eu sou grato, nunca imaginei que iria para a Seleção. Fui convocado algumas vezes, fui para a Copa América, campeão na Copa das Confederações (2013). Jogar pela Seleção é um sonho, com vários jogadores que assistia desde moleque. Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo. Você vestir a camisa é uma experiência única. Sou grato ao Mano e ao Felipão pelas oportunidades. Vai ficar marcado na minha vida, na vida dos meus filhos que acompanharam um pouco da carreira e também da minha filhinha que vou mostrar quando estiver mais velha. Consegui chegar onde muitos tentam e não conseguem.

Antes do amistoso contra o Chile, Jadson vira o queridinho de Felipão na Seleção

Algum arrependimento?

- Só um. No Athletico, por não ter vencido aquele Brasileiro de 2004. No Corinthians, fui feliz, dei meu melhor, conquistei títulos e sou reconhecido pela torcida.

Com quem se deu melhor em campo?

- Fernandinho. A gente se entendia só no olhar. A gente jogou praticamente dez anos juntos. Começamos no Athletico, ganhando seu espaço, depois fiquei mais sete anos com ele na Ucrânia. A minha movimentação, ele já sabia para onde eu ia e dava o passe para me deixar em uma situação boa. Um cara muito inteligente. Peguei muitos jogadores de qualidade, mas com ele era no olhar. Outro fácil era o Dagoberto, também no olhar. A gente veio do PSTC para o Athletico e daí para o profissional. A gente se entendia. Jogadores de qualidade, raciocínio rápido, pensavam na frente.

Qual é o melhor técnico que você trabalhou?

- Podem ser dois? Mircea Lucescu, pelos anos que passei na Ucrânia, aprendi muito com ele. É um cara que me ensinou muito, porque antigamente o meia tinha aquilo de jogar para frente. Lá, eu tinha que marcar, ter comprometimento. Outro cara que tenho uma admiração muito grande é o Tite, porque apostou em mim no Corinthians de 2015. Como gestor de grupo e de pessoas, ele é sensacional. Além de entender taticamente, é um ótimo gestor.

E o técnico que não deu liga com você?

- O cara que não deu liga comigo foi o Muricy, no São Paulo. Não por ele não ter me colocado para jogar, mas por não ter me dado tantas oportunidades nos jogos. Às vezes, você vê jogadores da tua posição cansados, sem desenvolver e você ali esperando no banco, e ele nunca tirou. Ele pegou um pouco no meu pé, mas nada contra ele. Já falei para ele. Agora que parei está tudo sossegado.

O melhor time que jogou?

- Difícil, mas a temporada mais marcante foi a de 2015, com o Corinthians. Foi um ano top, tanto pela qualidade da equipe quanto pela temporada que fiz. Junto com o Renato Augusto, nós nos entendemos muito bem e tivemos um ano sensacional.

Teve um dirigente preferido?

- Petraglia, por tudo que ele fez pelo clube. É um cara visionário. Fez CT, estádio. A cada ano que passa, o clube tem conquistado títulos importantes. Ele fez um trabaho excepcional. Tinha que ser um exemplo para todos os clubes. Todo clube tem que ter um cara desse.

E um dirigente que não deu liga?

- Tem alguns, viu, mas vamos deixar baixo essa, né?

Como foi sua relação com os empresários?

- Eu tive três empresários. O Marcelo Robalinho, o último, fiquei 12 anos direto. Ele sempre me deu confiança para trabalhar com ele. Sempre me ajudou, um cara do bem.

E aquela quase ida para o Coritiba em fevereiro de 2020 ? Ficou perto de fechar?

- Eu tinha rescindido com o Corinthians. Já estava tudo certo, mas, precisava envolver a transferência de um jogador do Robalinho [Yan Couto para o Manchester City]. Ficaram esperando, a transferência aconteceu, e o [então diretor de futebol do Coritiba, Rodrigo] Pastana deu para trás. Mas, sim, quase que ocorreu minha chegada ao Coxa.

Na época, jogaria tranquilo no Coritiba? A torcida do Athletico não estava gostando..

- Eu tenho que agradecer ao Pastana.

Jadson é apresentado no Barradão e comenta motivação para aceitar proposta do Vitória

Como é a rotina de aposentado? Dorme cedo e acorda cedo? Tem curtido?

- Como eu sou chefe, eu acordo o horário que quiser, faço o meu horário. Eu tenho duas empresas, de construção civil há 13 anos e agora abriu outra perna da empresa de energia sustentável. Então, eu vou para empresa, faço minha rotina, vou aprendendo a cada dia sobre a área. Sempre estou lá para ter a mente ocupada. Quando você para com a rotina do futebol, precisa ter alguma coisa para fazer. Tento ocupar o tempo da melhor maneira.

- Viajo com minha esposa, sempre estou em movimento para ocupar a cabeça. Muitos jogadores começam a ganhar dinheiro, investem errado, ou torram o dinheiro. Aí o jogador chega aos 30, 33 anos e olha para trás e não tem nada, já está tarde. Sou grato por ter pessoas de confiança ao meu lado, as empresas estão crescendo. Tem que falar para a molecada investir o quanto antes. Quando para o futebol, para de entrar dinheiro e aí tem que ter a fonte de renda.

Quando decidiu pensar no futuro ainda como jogador?

- Meu cunhado tinha se formado em Engenharia Civil em 2009 ou 2010. Nisso, cheguei nele e falei para fazer o "Minha Casa, Minha Vida", ver como era o programa do governo. Ele topou, um cara da minha confiança. Fomos fazendo essas casas aos poucos, depois foi aumentando, daqui a pouco um prédio menor, aí prédio maior. É difícil para o jogador, tem que ter um cara do lado para chegar e depositar a confiança para investir o dinheiro. Tenho pessoas boas. A minha esposa é sócia das minhas empresas. As pessoas pensam juntas para crescer.

Fez muita amizade no mundo da bola?

- Sempre fui um cara da resenha, nunca tive problema com ninguém. Tenho vários amigos no futebol, mas não tenho o contato que tinha antes, porque vários estão na atividade. No futebol, 85% tenho mais amizade do que inimizade. Não tem como agradar todo mundo. Pessoal vem nas redes sociais, puxar resenha. A forma como ldier com as pessoas no futebol se leva para o resto da vida.

Ainda gosta de assistir jogos?

- Só assisto Athletico e Corinthians. Os jogos bons, eu assisto. Do Brasileirão, acompanho a tabela. Olho toda rodada para ficar atualizado. Quando já jogava futebol, não era muito de assistir. Agora que parei, estou de boa.

Nem joga pelada mais?

- Também não, nem futevôlei. Estou de boa, descansando.

Futebol nunca mais na vida?

- Não posso fechar as portas para o futebol. Eu acho que me proporcionou muitas coisas, mas estou focado nas minhas empresas. Quando as empresas tiverem da forma e do crescimento que quero, com bastante credibilidade, aí posso pensar. Voltar para o futebol dependendo de pessoas, ficar aguentando sapo, não quero mais não. Já aguentei o que tinha que aguentar de sapo, de falta de respeito. Não quero mais isso para a minha vida. Quero voltar para o futebol sem depender do futebol.

Jadson em ação pelo Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Jadson em ação pelo Corinthians — Foto: Marcos Ribolli

Carreira

Natural de Londrina, no Paraná, Jadson passou pelas bases do PSTC e Athletico. No Furacão, ele se profissionalizou em 2003 e foi um dos nomes atleticanos no vice-campeonato da Série A de 2004.

No ano seguinte, ele foi negociado com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e atuou por oito temporadas. O atleta venceu seis ligas e cinco copas nacionais e uma Liga Europa. O meia tem uma homenagem na calçada da fama do clube.

O meia retornou ao Brasil em 2012 para defender o São Paulo e conquistou a Sul-Americana no mesmo ano. No ano seguinte, ele fez parte do elenco campeão da Copa das Confederações pela seleção brasileira.

Depois, em 2014, se transferiu para o Corinthians em uma troca pelo atacante Alexandre Pato. Pelo Timão, Jadson brilhou e conquistou dois Brasileiros (2015 e 2017) e três Paulistas (2017, 2018 e 2019). Ele saiu em 2020.

O retorno ao Athletico veio cheio de expectativa, mas não conseguiu assumir o protagonismo: 30 jogos em um ano e meio, com três gols e uma assistência. Jadson chegou até a ser afastado do elenco principal e ficou de fora da conquista da Sul-Americana de 2021, embora tenha participado da campanha.

Na sequência foi emprestado ao Avaí e rescindiu com o Furacão para defender o Vitória antes de pendurar as chuteiras.

Jadson na segunda passagem pelo Athletico — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

Jadson na segunda passagem pelo Athletico — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

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