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Esta é a quinta e última de uma série de matérias desta semana para comparar as propostas dos dois candidatos sobre diferentes áreas do clube. Cada candidato recebeu uma lista de 25 perguntas sobre assuntos variados da gestão do Corinthians (veja abaixo as outras quatro já publicadas).

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O modelo preferido de contratação do clube tem sido por jogadores em fim de contrato. Foi assim com Gil, Lucas Veríssimo, Giuliano, Renato Augusto e Romero, por exemplo, alguns dos atuais titulares. Outros nomes foram buscados por empréstimo, como Yuri Alberto (depois comprado) e Maycon. Esta tendência será mantida? Os candidatos respondem abaixo:

O que André Luiz Oliveira diz sobre isso: – O Corinthians vai se reforçar em scouting, ciência de dados e mapeamento de mercado, aprimorando todos os itens que já compõem o Cifut. Além disso, terá um executivo de mercado para realizar contratações cirúrgicas com base nas carências apontadas pelo técnico, e assim ter um time competitivo, capaz de brigar por todos os campeonatos. Se o jogador vai estar livre ou não, vai depender do material fornecido pelo Cifut e da experiência do profissional que pretendemos contar. Não será diferente do que já foi feito em outros momentos, com nomes como Ralf, Paulinho, Elias, Cristian e outros.

O que Augusto Melo diz sobre isso: – Não. Queremos jogadores com perfil adequado ao nosso projeto. Portanto, buscaremos com cuidado no mercado, independentemente da situação. Por exemplo: em um projeto de valorização da base, dois ou três atletas experientes são fundamentais, pois os garotos precisam de referências vitoriosas. Mas pelo custo que têm, precisam chegar para serem titulares e ajudarem a devolver a mentalidade vitoriosa ao nosso time, perdida durante a última gestão. Atletas com mais de 30 anos não podem ser contratados para compor elenco.

Nove jogadores estão em fim de contrato no Corinthians: Bruno Méndez, Cantillo, Fábio Santos, Gil, Giuliano, Paulinho, Renato Augusto e Ruan Oliveira. Quais deles cada candidato pretende negociar para manter no clube? André Luiz Oliveira e Augusto Melo foram perguntados, mas preferiram não dar definições. Outro questionamento foi sobre o futuro de Maycon, cedido pelo Shakhtar Donetsk:

O que André Luiz Oliveira diz sobre isso: – O Corinthians disputa o Brasileirão, e seria irresponsável falar sobre qualquer tipo de reformulação para a próxima temporada neste momento, podendo desestimular qualquer atleta profissional. Mano Menezes trabalha diariamente com o grupo, e será dele a responsabilidade de indicar o nome de quem pretende contar ou não. Além disso, essas tratativas deverão começar a acontecer próximo do término do campeonato e após a eleição.

– Maycon é um jogador identificado com o Corinthians, que em 2022 teve alguns problemas com lesões, mas que nesta temporada, principalmente sob o comando de Mano, parece ganhar confiança e espaço. Vamos aguardar.

O que Augusto Melo diz sobre isso: – Essa questão será discutida ao final da temporada com o executivo de futebol, com o qual pretendemos contar a partir de 2024, e com o nosso treinador. Vale destacar esse ponto: pela primeira vez na história do Corinthians contaremos com um profissional de mercado à frente do departamento de futebol. Ele se reportará ao presidente e ao diretor.

– (Sobre Maycon) Mais uma vez depende da avaliação que faremos ao final da temporada com nosso treinador e dos valores que conseguirem em eventual negociação.

A contratação de Mano Menezes aprofundou a disputa política no Corinthians. O atual presidente, Duilio Monteiro Alves, assinou com o treinador um contrato válido por dois terços do mandato seguinte – até dezembro de 2025. Mano já era o preferido de André Luiz Oliveira, que garante a permanência do técnico para a reconstrução do elenco no ano que vem. Augusto Melo, que questionou inicialmente a decisão do atual mandatário, diz que discutirá a próxima temporada com o treinador.

O que André Luiz Oliveira diz sobre isso: – Sim. Mano já trabalhou no Corinthians, foi campeão, montou o elenco campeão de 2015. Tem nossa total confiança. Não faz sentido mandar embora um técnico que a gente confia e que, em um curto espaço de tempo, está dando resultado. Vamos ouvir com calma o planejamento dele e como ele vê o time para os próximos três anos. Queremos trabalhar a longo prazo, e ele é o homem certo.

O que Augusto Melo diz sobre isso: – É inegável que o time melhorou com a chegada do Mano e, felizmente, ele tem conseguido nos manter distantes da zona do rebaixamento. Nossa ideia é nos reunirmos com ele ao final da temporada para alinharmos o planejamento para 2024.

Antes exemplo de excelência, o Centro de Inteligência do Futebol (Cifut), departamento criado pelo Timão há quase dez anos para analisar adversários e identificar possíveis reforços, chegou a ser chamado de "sucateado" por Tiago Nunes em 2020, na gestão de Andrés Sanchez. Atualmente nas mãos do coordenador Raony Thadeu e com participação ativa de Fernando Lázaro, o Cifut segue presente no CT, mas com menos glórias. Qual a ideia dos candidatos para o setor de análise?

O que André Luiz Oliveira diz sobre isso: – Todo grande clube do mundo tem um centro de inteligência de mercado. O Corinthians tem o Cifut, que funciona, que faz um ótimo mapeamento do mercado. Precisamos conversar com o departamento atual sobre as necessidades que existem por ali, principalmente para o acompanhamento das oportunidades de mercado dentro das carências da equipe. Isso será conversado tão logo eu assuma, mas desde já quero criar uma previsão dentro do orçamento de 2024 para turbinar o Cifut.

O que Augusto Melo diz sobre isso: – O Corinthians já teve um dos melhores Centros de Inteligência do país. Infelizmente, mais uma propriedade importante que foi negligenciada pela atual administração. Fomos recebidos no Barcelona pelo diretor de scouting e análise de dados, exatamente para tratar desse assunto. E com as informações que obtivemos na Espanha, vamos trazer os melhores especialistas em análise de dados (muitos são brasileiros) e transformar nosso Cifut novamente em uma referência.

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