Por Iúri Medeiros
O Corinthians fez um bom primeiro tempo, novamente mostrou sinais de organização com Mano Menezes, mas não conseguiu sair com um resultado positivo diante do Atlético-MG , nesta quinta-feira. Os 30 mil corintianos que estiveram em Itaquera presenciaram um cenário que vem sendo comum na rotina do Timão e o que parecia uma vitória sem grandes sustos se tornou um empate melancólico por 1 a 1.
A estratégia inicial do Corinthians deu muito certo. A equipe conseguiu marcar bem o time do Galo, apertando e recuperando bolas. O conjunto de Mano também conseguiu ficar com a posse e achar espaços, com boa troca de passes. Giuliano fez ótimo jogo e Renato Augusto performou como a muito tempo não se via. Fato é que a equipe paulista poderia ter saído do intervalo com uma vantagem ainda maior se não fosse o goleiro Everson, que verdade seja dita, falhou no gol de Romero.
O time comandado por Felipão até aumentou o volume ofensivo após o gol sofrido, mas pouco incomodava o Corinthians de fato. A estratégia do Atlético era muito pautada em bolas levantadas na área, e faltava um atacante de referência para disputar com os zagueiros mandantes (Gil e Lucas Veríssimo).
O cenário do jogo mudou com a entrada de Alan Kardec. Com maior estatura, o jogador ex-Palmeiras e São Paulo deu dor de cabeça para a defesa do Timão, tanto que foi dele o desvio para Paulinho fuzilar as redes de Cássio, aos 22 minutos da etapa final.
Não seria absurdo imaginar o Corinthians levando a virada, pelo que o jogo se desenhou na Arena. O Timão pouco incomodava no ataque e as substituições de Mano pouco surtiram efeito. Para piorar, Yuri Alberto fez seu pior jogo em tempos, descalibrado nos arremates.
Na defesa o Coringão teve dificuldades de conter o ímpeto feroz de um Galo que faz ótimo segundo turno na liga nacional e conta com jogadores desequilibrantes, como Paulinho, Guilherme Arana, Pedrinho, Zaracho, Kardec etc.
Sem desmerecer o futebol praticado pelo Galo, o Corinthians novamente mostrou problemas para administrar vantagem. O time faz o gol, recua e não consegue segurar a bola no ataque ou matar o confronto no contragolpe. Pelo contrário, dá muito campo para o adversário e pouco machuca quando recupera a posse.
O time é sim mais organizado em relação aos tempos de Vanderlei Luxemburgo. Isso é nítido. Mas precisa, urgentemente, manter regularidade ao longo dos 90 minutos e conseguir se comportar quando está em vantagem no marcador.
Não é fácil, são poucos dias de treinamento entre as partidas, mas o Timão precisa pontuar para se distanciar da vez da zona de rebaixamento. E, para isso, é essencial não "apagar" ao longo dos jogos, como vem acontecendo.
Deixe seu comentário567 visitas - Fonte: gazetaesportiva