Separados por apenas dois pontos na tabela, Bahia e Corinthians se enfrentam neste sábado (22), na Fonte Nova, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Esquadrão de Aço não vence há seis jogos seguidos na temporada, o Alvinegro vem de uma sequência de quatro vitórias, algo inédito para o clube em 2023.
Depois de iniciar a sua terceira passagem pelo Parque São Jorge sem conseguir uma vitória nos primeiros sete jogos, o técnico Vanderlei Luxemburgo vem tendo bons resultados nos últimos jogos. E para quem já passou pelo clube, isso se deve - e muito - à atenção especial que o veterano de 71 anos vem dando às categorias de base.
Campeão paulista com o Corinthians em 2019 e também com passagem pelo Bahia, onde faturou a Copa do Nordeste de 2017, o atacante Gustagol, que está no Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul, desde 2020, revelou que segue acompanhando o Timão, apesar da distância, e fez elogios ao trabalho de Luxa.
Na visão do atacante de 29 anos, o veterano está conseguindo fazer algo que outros treinadores não conseguiram fazer no Corinthians, que é utilizar a base. E Gustavo também afirmou que o perfil "paizão" de Luxemburgo ajuda neste processo.
"Avaliando de longe, o trabalho do Luxemburgo está sendo muito bom. Se você for ver o todo, ele está dando muito espaço para os garotos da base, coisa que dificilmente você via algum treinador do Corinthians fazer, ter essa personalidade de botar os garotos para jogar. A base do Corinthians sempre teve meninos bons de bola, só que faltava um treinador de pulso firme e coragem para colocá-los para jogar. E o Luxemburgo vem fazendo isso daí, vem dando coragem para os moleques e os deixando à vontade. Os mais velhos também dá para ver que têm dado esse suporte para os garotos, que quando estão subindo, quando jogarem, se sentirem à vontade e desenvolverem um bom trabalho para ajudar o Corinthians", começou por dizer, em entrevista ao ESPN.com.br.
"Sim, ajuda muito (perfil "paizão" do Luxemburgo), deixar os garotos mais à vontade, porque não é fácil. Eu lembro que, quando eu cheguei no Corinthians em 2016, eu jogava no Criciúma, acho que a capacidade do estádio era 20 mil, e na época colocavam 10, 5 mil e o estádio parecia que estava lotado. Quando eu cheguei (no Corinthians) peguei 30 mil, com duas semanas estava jogando um clássico. É totalmente diferente, não é fácil (risos)", prosseguiu.
Gustagol ainda lembrou que, na época que atuou no Corinthians, contou com o suporte de outros veteranos, como o goleiro Cássio e o lateral Fagner, que seguem no plantel corintiano.
"Ele (Cássio) e o Fagner conversavam para continuar mantendo a cabeça boa porque, por mais que a gente esteja em time grande, as coisas vêm muito fácil. Se tratando de Corinthians, quando você está em uma fase boa as coisas vêm fácil, então que era para eu continuar o que vinha fazendo, trabalhar me dedicando no dia a dia e nos jogos, que as coisas iriam acontecer. E não me deixar deslumbrar com a fama e com tudo o que vinha acontecendo porque isso poderia me atrapalhar", lembrou.
Desde 2020 na Coreia do Sul, Gustagol está totalmente adaptado ao país asiático. Com contrato até o fim do ano, o atacante já foi campeão do Campeonato Coreano e da Copa da Coreia do Sul desde que chegou e ganhou, inclusive, uma placa comemorativa pelos 100 jogos disputados pelo clube.
Foi dos pés do brasileiro, inclusive, que saiu o gol mais rápido da história da K League, anotado com apenas 12 segundos de bola rolando. E o atacante lembrou com bom humor de como foi o dia em que o marcou.
"Esse gol mais rápido da Coreia é até uma história curiosa porque eu não estava listado para ser titular no jogo, e eu fui pego de surpresa dentro do vestiário. No dia a dia de trabalho, sempre no time reserva, e o Rafa Silva, que estava no Cruzeiro e está hoje aqui jogando com a gente, que estava no time titular. Só que chegou no dia do jogo, chegou no vestiário, o treinador passou a escalação, e falou o meu nome. Fui pego de surpresa, não entendi nada, não tinha me preparado para sair jogando, quando a gente sabe que vai sair jogando, a gente se prepara, preparo mental, se prepara um dia antes, no dia do jogo, e aí fui pego de surpresa. Mas graças a Deus deu tudo certo, em uma bobeada da zaga adversária, conseguir roubar a bola e fazer o gol mais rápido da K League", disse.
"Final do ano completa três anos e meio que estou aqui na Coreia do Sul. Graças a Deus consegui me adaptar bem ao país, ao clube, e consegui ficar esse tempo todo aqui. É um país tranquilo, a minha família, minha esposa, gostam muito daqui por causa da segurança e tudo mais. Em relação ao futebol, é um campeonato muito disputado, muito brigado. Evoluiu muito o futebol aqui na Coreia. Eles mostraram isso na Copa do Mundo", finalizou.
Corinthians (C): 22/07, 18h30 - Brasileirão
São Paulo (F): 30/07, 11h - Brasileirão
América-MG (C): 05/08, 18h30 - Brasileirão
Bahia (F): 22/7, 18h30 - Brasileirão
São Paulo (C): 25/7, 21h30 - Copa do Brasil
Vasco (C): 29/7, 18h30 - Brasileirão
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