Emprestado pelo Corinthians para a Ponte Preta até 31 de dezembro, quando também vence o seu vínculo com o Timão, o volante Matheus Jesus assinou um pré-contrato com um novo clube para se apresentar em janeiro, mas solicitou uma liberação antecipada para viajar agora.
Titular em 13 jogos da Macaca na campanha da Série B, o meio-campista de 26 anos firmou vínculo com o Nassaji Mazandaran, do Irã, mas gostaria se se apresentar ao novo clube já nesta janela.
A Ponte, até o momento, diz não ter sido comunicada de forma oficial. Embora não tenha grande poder de decisão, o clube indica que não gostaria de perder o jogador.
Como o Timão não tem mais formas de lucrar com uma venda dele, representantes do atleta solicitaram ao clube a rescisão antecipada, abrindo mão dos seis meses de salário que Jesus tem a receber (valores hoje pagos integralmente pelo Timão) e a manutenção de parte dos percentuais.
A economia com salários, férias, 13º e outros encargos trabalhistas pode chegar a R$ 1 milhão para o Corinthians até dezembro.
A princípio, porém, a diretoria do Timão diz que só poderia quebrar o contrato de cessão para a Ponte em caso de uma proposta de aquisição do jogador. Assim, no momento, as partes vivem um impasse.
Matheus Jesus, Ponte Preta — Foto: Marcos Ribolli/Pontepress
Comprado no fim de 2019 pelo Corinthians, o jogador custou aos cofres do clube o valor de quase R$ 9 milhões. Uma dívida com o Estoril, de Portugal, levou o clube a ter uma condenação na Fifa em 2021.
Hoje, porém, as pendências estão zeradas com o clube lusitano. Os direitos econômicos de Jesus são divididos entre Corinthians (50%) e Estoril (50%). A Ponte, onde ele joga hoje, não tem percentuais.
O jogador atuou pelo Timão em 12 partidas, todas em 2019. Fora dos planos, ele foi emprestado ao Bragantino no ano seguinte, clube que chegou a afastá-lo por questões disciplinares. Depois, passou por Juventude e Náutico antes de chegar à Ponte Preta em 2022.
No ano passado, Jesus testou positivo para várias substâncias derivadas do estanozolol - um tipo de anabolizante - em exame realizado em fevereiro de 2022, quando defendia a Ponte pelo Paulistão.
O jogador foi julgado em outubro pela Terceira Câmara da Justiça Desportiva Antidopagem e pegou 10 meses de pena. O tribunal entendeu que não foi houve a intenção por parte do atleta, mas que ele deveria ser punido pelo "nível de responsabilidade" em relação à falta de cuidado no processo de uso de suplementos manipulados. O gancho poderia chegar a quatro anos.
A suspensão terminou em 4 de dezembro de 2022. Em 2023, soma 29 partidas e seis gols na Ponte.
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