3/7/2023 05:57

BMW, Luxa e medo no Mundial: lembre as histórias de Gilmar Fubá

BMW, Luxa e medo no Mundial: lembre as histórias de Gilmar Fubá

Gilmar Fubá foi um personagem do tipo que o futebol não produz mais. Campeão do Brasileiro duas vezes, Paulista três vezes e do Mundial pelo Corinthians, o volante contava abertamente os "causos" de sua carreira como atleta. Relembre alguns momentos marcantes nas histórias narradas por Gilmar Fubá, que morreu em 2021, à Bandeirantes e à ESPN.

Fomos campeões do Mundial, depois de dois dias caiu R$ 190 mil na conta. Fui lá, passei o cartão, vi aquele dinheiro, pensei que tinham depositado errado na minha conta. Fiquei quietinho. Fui no banco e pedi pra sacar todo dinheiro. Daí peguei todo dinheiro, coloquei numa mala e fui comprar uma BMW. Cheguei lá [na loja], de chinelo Havaianas, e disse: quero comprar essa BMW. Daí o cara [vendedor] disse que não, a chave estava no cofre, e mandou esperar um minuto. Aí ficou demorando, demorando, perguntou o que eu queria, eu disse: quero aquela BMW. E ele falou: Vai pagar como? Abri a mala, mostrei o dinheiro e ele falou: Fecha isso aí, fecha isso aí! (risos). Daí paguei a BMW, queriam me dar nota fiscal e eu falei que não queria nada, só a chave pra ir embora. Cheguei em São Mateus [onde morava] não tinha nem garagem para estacionar ela. Minha mãe perguntou: "onde vai por este carro?" Eu falei: "Deixar na rua". Ela disse: "Não, então eu vou dormir dentro". Minha mãe dormiu dentro do carro (risos).

Minha mãe deu a receita do fubá [que Gilmar consumia quando criança], todo mundo começou a fazer o fubá. Um dia estou em um 24h [caixa eletrônico] com minha esposa. Uma senhora me parou e disse: "você é o Fubá?" Eu respondi: "sim". Ela falou: "Você e sua mãe, dois mentirosos hein... Peguei a receita de fubá, briguei com a minha filha para dar o fubá pro meu neto, agora ele está há duas semanas sem fazer cocô (risos)..." Eu falei: "a senhora errou na pitada, no sal, alguma coisa" (risos).

Quando chegou nos pênaltis [na final do Mundial de 2000, contra o Vasco], o treinador me falou que eu seria o sexto batedor. Eu nunca tinha batido pênalti nem no "Vai quem quer" de São Mateus, imagina no Mundial... Minha perna começou a tremer, eu suava. Nós ficávamos no meio-campo e eu pensando, vou bater ali se eu for... Os caras batiam e o goleiro pegava. E pensava: e agora, cara? Eu pensava: não vou conseguir bater. Vou pedir um Eno [sal de fruta efervescente] pro roupeiro, vou jogar na boca, vai começar a espumar minha boca, vou sair na ambulância e vou ir embora. Foi quando o Edmundo bateu [último pênalti do Vasco] e errou. Quando bateu, os caras me levantando e dizendo: é campeão! É campeão o caramba, ainda bem que eu não bati o pênalti. Eu nunca sofri tanto, eu nem lembrava que era campeão, eu lembrava é que eu não bati o pênalti.

Daí tocou o interfone [na concentração], atendi e ouvi: Vanderlei. Bati o interfone na cara, que Vanderlei o que, é os caras me zoando. Daí tocou de novo... Vanderlei! E era o Vanderlei mesmo, botei a roupa da concentração e fui no quarto dele. Bati lá, ele abriu e tava com roupão branco, com risos) Quando cheguei no café da manhã no outro dia, todo mundo sabendo. Chegamos no jogo, Muller foi para um lado, foi pro outro e pá, meu joelho foi... Eu fiquei... Pá, lesionado, inchou... Daí o Vampeta gritou do banco: "ô professor, a macumba deu errado hein..."

Quando o Vanderlei treinava o Corinthians ele mandou mudar de lugar a estátua de São Jorge. Os funcionários foram trocar, pegaram a estátua, mas os funcionários gostavam de tomar um mé, né... Daí derrubaram a estátua de São Jorge, que quebrou... Rápido, antes de alguém ver, escondido, eles estavam colando a estátua, aí os caras foram levar o São Jorge e um falou: cara, tem uma coisa errada aí... O dragão... Ele usa capacete? (risos) Os caras colaram errado a estátua de São Jorge, cara... Falavam que a gente nunca iria ganhar um título. Nós ganhamos tudo.

Eu dava quatro mamadeiras por dia para ele, e era pouco, porque tinha mais as comidas que ele comia", dona Marinete, mãe de Gilmar Fubá.
Eu tomava mamadeira até os 12 anos, e se precisar tomo ainda hoje para ficar forte" Gilmar Fubá.

Fomos jogar contra a Inter de Limeira, estava eu e todo mundo no banco. E o Evaristo jogou no Barcelona, no Real Madrid, então para ele, ele é o melhor do mundo. E ele chegava lá e dizia: "Olha esse Vampeta, como ele pode ser jogador de seleção? Olha esse Rincón, esse Gamarra, eles são muito ruins!". A gente só ria no banco. Aí ele olhou para nós no banco e falou: "Vocês estão rindo do quê? Vocês são reservas deles!"

Cheguei lá [no Qatar] e não sabia falar árabe, não sabia nem falar português direito. Mas eu ficava quatro, cinco horas conversando com os árabes. O Oswaldo de Oliveira ficava doido comigo. No final, eu fui até o capitão do time, sem saber nada. Tinha um iraniano lá que aprendia fácil o português. E eu ensinava ele a falar português. Aí um dia eu tava no DM e ele perguntou o que eu tinha, eu falei: "migué". Expliquei o que era migué para ele em português. E um dia ele tava deitado lá no DM, e chegou um fisioterapeuta brasileiro e perguntou para o Oswaldo o que ele tinha: "Esse aí está de migué". O iraniano levantou e começou a dizer: "migué não! Migué não!"



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