30/6/2023 06:14

De participação em Copa a algoz do Flamengo: onde estão os técnicos estrangeiros que passaram pelo Brasil

O ESPN.com.br separou 20 treinadores estrangeiros que passaram pelo Brasil para…

De participação em Copa a algoz do Flamengo: onde estão os técnicos estrangeiros que passaram pelo Brasil
Arte ESPN

Os treinadores estrangeiros chegaram para ficar no futebol brasileiro. Desde 2019, a sua presença na elite do Brasileirão só aumenta, com 9 clubes tendo "gringos" comandando suas equipes neste momento.

Apesar do notório sucesso de nomes como Jorge Jesus, Abel Ferreira e Juan Pablo Vojvoda, muitos outros comandantes naufragaram em passagens pelo Brasil.

Pensando nisso, o ESPN.com.br reuniu uma lista de 20 técnicos que passaram pelo futebol brasileiro e o que aconteceu depois de suas saídas do país. Veja abaixo:

Lothar Matthäus

Segundo jogador com mais jogos na Copa do Mundo, o alemão não teve longa carreira como treinador. E sua passagem pelo Athletico-PR foi bastante folclórica. Depois de assumir o clube em fevereiro de 2006 e comandar a equipe por oito jogos, Matthäus pediu para se ausentar e voltar à Alemanha para resolver problemas pessoais, mas nunca mais retornou. Apesar de ficar menos de dois meses no cargo, o ex-meio-campista venceu seis partidas e teve dois empates.

Depois que retornou ao seu país, Matthäus chegou a ser assistente de Giovanni Trapattoni no Red Bull Salzburg por um ano, além de comandar o Maccabi Netanya também por uma temporada. Seu último trabalho foi a frente da seleção da Bulgária entre 2010 e 2011.

Ricardo Sá Pinto

Por conta do sucesso de Jorge Jesus, muitos clubes brasileiros tentaram apostar em treinadores portugueses. Em 2020, o Vasco foi um desses times. A aposta foi em Ricardo Sá Pinto, nome que o torcedor vascaíno não guarda com boas lembranças. Depois de 15 jogos - e apenas três vitórias -, o comandante foi mandado embora depois de queda na CONMEBOL Sul-Americana e chegar a ocupar o 16º lugar no Brasileirão.

Depois de sua demissão, acumulou passagens por Gaziantep, da Turquia, Moreirense, de Portugal, e Esteghlal, do Irã, onde encerrou sua passagem em junho após conquistar apenas uma Supercopa. Para a próxima temporada, Sá Pinto já assinou com o Apoel, do Chipre.

Domenec Torrent

Após a passagem vencedora de Jorge Jesus, o Flamengo resolveu apostar em Domenec Torrent para assumir o clube. Contratado tendo como principal grife o fato de ter sido assistente de Pep Guardiola por Barcelona, Bayern e Manchester City, o catalão foi demitido depois de 26 jogos, mesmo classificado para as quartas da Copa do Brasil e as oitavas da CONMEBOL Libertadores, depois de uma goleada sofrida para o Atlético-MG no Mineirão.

Desde novembro de 2020, quando deixou o Rio de Janeiro, seu único trabalho foi no Galatasaray, entre janeiro de 2022 e junho do mesmo ano, comandando o time em apenas 20 jogos e sem nenhuma conquista.

Paulo Bento

Muito antes da "onda" de técnicos portugueses, o Cruzeiro apostou em Paulo Bento em maio de 2016. Pouco menos de dois anos depois de ter deixado o comando da seleção de Portugal, o treinador teve passagem relâmpago por Minas, com 15 jogos, apenas quatro vitórias e a Raposa na penúltima posição do Brasileirão.

Depois de deixar o Brasil, o treinador passou por Olympiacos e Dandai Lifan, antes de assumir, em agosto de 2018, a seleção da Coreia do Sul. Esteve a frente do país até o fim da Copa do Mundo no Qatar, onde eliminou o Uruguai, mas caiu nas oitavas para o Brasil.

Juan Carlos Osorio

Depois do sucesso no Atlético Nacional entre 2012 e 2015, o colombiano Osorio desembarcou no São Paulo com a promessa de dar uma cara ao Tricolor, praticando um futebol vistoso. Em 25 jogos durante o ano de 2015, apesar de não conseguir disputar títulos, deixou a equipe em outubro brigando por vaga na Libertadores.

Diferente de outros estrangeiros, Osorio não foi demitido, mas sim recebeu o convite do México para assumir a seleção, onde ficou até o fim da Copa do Mundo de 2018. Depois, teve passagem curta pelo Paraguai, além de retornos ao seu país por Atlético Nacional e América de Cali. Desde abril é técnico do Zamalek, no Egito.

Edgardo Bauza

Bicampeão da Libertadores com LDU e San Lorenzo, o argentino chegou ao São Paulo no início de 2016 e levou o time até a semifinal do torneio, no primeiro ano sem Rogério Ceni. Depois disso, porém, aceitou convite para assumir a seleção da Argentina para apagar o incêndio causado por dois vices seguidos na Copa América.

Em menos de um ano, porém, foi demitido depois de quase falhar na tentativa de se classificar para a Copa do Mundo. Teve passagens curtíssimas pelas seleções dos Emirados Árabes e da Arábia Saudita, antes de seu último trabalho na beira do campo com o Rosário Central. Em 2019, porém, deixou o futebol depois de ser diagnosticado com Alzheimer.

Diego Aguirre

Vice da Libertadores em 2011 com o Peñarol, o uruguaio comandou Internacional, Atlético-MG e São Paulo no Brasil entre janeiro de 2015 e novembro de 2018, com um período no San Lorenzo entre essas equipes, além de um retorno ao Colorado entre junho e dezembro de 2021.

Desde então, teve curta passagem de três meses pelo Cruz Azul e, desde março, está no Olimpia, onde conseguiu uma das melhores campanhas da fase de grupos da Libertadores.

Daniel Passarella

Campeão da Copa do Mundo como jogador, o argentino se arriscou como treinador e chegou a comandar o país no Mundial de 1998. Em março de 2005, desembarcou no Corinthians como comandante do time montado pela MSI. Sua passagem, porém, durou apenas dois meses, com 15 jogos e muitos problemas de relacionamento nos bastidores.

No ano seguinte, iniciou seu último trabalho como técnico, no River Plate, onde ficou por dois anos e eliminou o Timão nas oitavas da Libertadores de 2006, com duas vitórias.

Ricardo Gareca

Depois de cinco anos de destaque com o Vélez, o argentino foi contratado em maio de 2014 pelo Palmeiras, mas, em 12 jogos, seu único legado foram os jogadores que pediu para a diretoria, sendo mandado embora por conta dos resultados ruins no Brasileirão, quando o time brigou para não cair até a última rodada.

No ano seguinte, assumiu a seleção do Peru, onde conseguiu um vice da Copa América e uma classificação para a Copa do Mundo depois de 36 anos. Deixou o cargo em junho de 2022 e voltou ao Vélez em março, mas foi mandado embora três meses depois.

Jesualdo Ferreira

Um dos grandes expoentes modernos do futebol português, Jesualdo chegou ao Santos em janeiro de 2020 após o sucesso estrondoso de Jorge Jesus. Sua passagem, porém, se encerrou em agosto do mesmo ano, antes do início do Brasileirão.

Teve passagem curta pelo Boavista, de Portugal, e rumou para o Zamalek em março de 2022, onde permaneceu até março deste ano, conquistando um Campeonato Egípcio e uma Copa do Egito. Atualmente, aos 77 anos, está sem clube.

Ariel Holan

Com passagens de destaque por Independiente e Universidad Católica, o argentino chegou ao Santos em fevereiro de 2021 trazendo a esperança de recuperar o estilo de jogo praticado nos tempos de Jorge Sampaoli. Em dois meses, porém, a crise se instaurou no clube, que estava quase eliminado na fase de grupos da Libertadores e brigava contra o rebaixamento no Campeonato Paulista. Foi demitido no final de abril.

No mês seguinte, assumiu o León, do México, ficando um ano na equipe e conquistando o título da Copa da Liga. Em maio de 2022, retornou à Universidad Católica, onde está até hoje.

Fabián Bustos

Outro estrangeiro a passar pelo Santos foi Fabián Bustos, contratado depois de conseguir ser semifinalista da Libertadores em 2021 com o Barcelona-EQU. Com muitos problemas internos e uma queda em casa para o Deportivo Táchira na Sul-Americana, porém, foi demitido depois de quatro meses no Peixe.

Em setembro de 2022, retornou ao Barcelona, mas foi mandado embora no início do mês de junho. Atualmente, está desempregado.

Jorge Fossati

Depois de vencer a Sul-Americana em 2009 com a LDU, Jorge Fossati assumiu o Internacional em janeiro do ano seguinte, mas foi mandado embora no final de maio, mesmo na semifinal da Libertadores. Anos depois, em entrevista, o uruguaio alegou problemas com a diretoria.

Atualmente no Universitario, do Peru, o treinador teve passagens por clubes do mundo todo, além de comandar o Qatar entre setembro de 2016 e junho de 2017. Conquistou maior destaque pelo título da Liga dos Campeões da Ásia em 2011 com o Al Sadd.

Ramón Diaz

Lenda do River Plate, Don Ramón foi contratado pelo Botafogo em novembro de 2020 para tentar salvar o clube na briga contra o rebaixamento. Ao mesmo tempo, porém, o argentino tratava de um tumor na tireoide e nunca comandou a equipe, com seu filho Emiliano o substituindo. Depois de três derrotas em três jogos, porém, a dupla foi demitida.

Em fevereiro de 2021, chegou ao Al Nasr, dos Emirados Árabes Unidos, onde ficou por um ano antes de assumir o Al Hilal, onde conquistou o título de campeão saudita em 2022, além de ter eliminado o Flamengo no em fevereiro de 2023. Deixou o time em maio.

Miguel Ángel Ramírez

Campeão da Sul-Americana em 2019 comandando o Independiente del Valle, o espanhol chegou ao Internacional em março de 2021. Sua passagem, porém, durou pouco mais de três meses - e acumulou problemas internos.

Poucas semanas depois, assumiu o Charlotte FC, mas os mesmos problemas nos bastidores se repetiram, com sua saída ocorrendo em maio do ano seguinte. Desde janeiro de 2023, comanda o Sporting Gijón, na segunda divisão da Espanha.

Reinaldo Rueda

Campeão da Libertadores de 2016 com o Atlético Nacional, o colombiano chegou ao Flamengo em agosto do ano seguinte e foi vice da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Em janeiro de 2018, porém, deixou o clube para assumir o Chile.

Três anos depois, deixou o cargo para aceitar proposta da Colômbia, seu país natal. Mas a falha na busca por vaga na Copa do Mundo rendeu sua demissão em março de 2022. Desde então, Rueda está desempregado.

Paulo Sousa

Mesmo tendo classificado a Polônia para a Copa do Mundo, Paulo Sousa topou o desafio de assumir o Flamengo em janeiro de 2022, com o desejo de iniciar uma renovação da equipe. Os vices na Supercopa do Brasil e no Campeonato Carioca, além do mau desempenho no início do Brasileirão, porém, renderam sua demissão em junho do mesmo ano.

Em fevereiro de 2023, assumiu a Salernitana tendo a dificílima missão de salvar o time do rebaixamento no Italiano, meta conquistada ao final do ano. Chegou a ser cogitado para assumir o Napoli, mas segue na Granata, tendo inclusive recomendado a chegada de Hugo Souza, seu antigo comandado no Fla.

Hernán Crespo

Depois de vencer a Sul-Americana com o Defensa y Justicia, assumiu o São Paulo em fevereiro de 2021 e, no Paulista, conquistou o título encerrando uma seca de quase nove anos sem conquistas no clube. Os resultados negativos no Brasileirão e a queda para o Palmeiras na Libertadores, porém, renderam a demissão em outubro daquele ano.

Em março de 2022, assumiu o Al Duhail no lugar de Luís Castro e segue no clube desde então, sendo campeão qatari, da Copa da Liga e da Copa das Estrelas.

Vítor Pereira

Um dos últimos estrangeiros a deixar o Brasil foi VP, com passagens por Corinthians e Flamengo. Enquanto no primeiro foi vice da Copa do Brasil e saiu brigado por conta de sua ida ao rival carioca, no segundo ele acumulou polêmicas e alguns vexames marcantes.

Foi vice na Supercopa do Brasil, na CONMEBOL Recopa e no Carioca, além da queda na semifinal do Mundial, e foi mandado embora sem deixar saudades ao torcedor. Até hoje, está desempregado.

Jorge Jesus

Um dos estrangeiros de maior sucesso do futebol brasileiro, JJ foi campeão de (quase) tudo pelo Flamengo em pouco mais de um ano de passagem, com a conquista mais marcante sendo a Libertadores de 2019. Deixou o clube em julho de 2020 ao aceitar oferta para retornar ao Benfica.

Seu futuro pós-Fla, porém, não foi dos melhores. Em Portugal, apesar do alto investimento feito pelo clube, não conquistou nenhum título e foi demitido no final de 2021. Na última temporada, assumiu o Fenerbahçe, onde conquistou a Copa da Turquia, mas deixou o clube para, segundo ele, realizar um dos sonhos de sua vida. Ele almeja a seleção brasileira.

Eduardo Coudet

O argentino teve duas passagens por times brasileiros. A primeira, em 2020, foi comandando o Internacional. Apesar do sucesso com a equipe durante o Brasileirão, deixou Porto Alegre no meio da temporada para acertar com Celta de Vigo.

Neste ano, foi contratado pelo Atlético-MG, mas viveu períodos turbulentos em Belo Horizonte mesmo sendo campeão do Mineiro. Muito criticado pela torcida, teve a saída anunciada no início deste mês após um imbróglio com a diretoria. Está sem clube.



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615 visitas - Fonte: ESPN

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