Uma frase dita apenas uma vez permanece inédita, já dizia o filósofo.
Por isso, neste triste dia em que perdemos duas grandes figuras do esporte brasileiro, Paulo Roberto Martins e José Aparecido de Oliveira, aproveito para recordar o post que subi exatamente oito dias atrás, neste mesmo espaço.
Nele, explico o motivo de o ex-árbitro estar tão triste em seus últimos anos de vida:
Lá se vão 30 anos daquele 12 de junho de 1993, um dos dias mais marcantes da história da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Ou talvez o mais marcante.
Afinal, título o Palmeiras tem de monte em sua história.
Mas o contexto daquele (com anos de fila e contra o maior rival) fez com que um simples título paulista, hoje tão desprezado pelos grandes, fosse comemorado como um Mundial.
E o que prova também que o título foi muito marcante é a insistência dos corintianos em justificar aquela derrota.
"Ah, se não fosse o Zé Aparecido?", costumam dizer.
Ora, se não fosse o José Aparecido teria sido 2 ou 3 a 0 para o Palmeiras com a taça indo para o Parque Antárctica de qualquer jeito.
O Verdão era 126,7 vezes mais time que o Corinthians naquele ano.
A entrada de Edmundo em Paulo Sérgio foi forte, é claro.
Mas é o tipo de lance que tem árbitro que dá vermelho, e que tem árbitro que não dá o vermelho.
E a principal vítima daquela final acabou sendo o próprio José Aparecido.
Depois da decisão, reviraram a vida financeira do coitado do árbitro.
Não encontraram nada, é claro.
Até vítima de racismo o bom Zé Aparecido foi.
Mas os alvinegros não se cansam desta maldosa ladainha de que ele teria sido "comprado" pela Parmalat.
Puro choro de perdedor!
E, após este episódio, a carreira do homem do apito daquele emblemático jogo nunca mais foi a mesma.
Deveria ser indenizado por aqueles que há exatos 30 anos o caluniam.
José aparecido: um goleiro Barbosa do apito!
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