Por onde começar para tentar explicar a atual situação do Sport Club Corinthians Paulista?

Bom, vou iniciar falando sobre o pior presidente da história do Corinthians, sr. Duilio Monteiro Alves.

Já ficou claro que é incompetente para um dos cargos mais importantes do futebol brasileiro. Não tem personalidade, liderança e virou refém das redes sociais, porque só toma uma atitude depois da repercussão da internet.

É um falso democrata, porque só conversa com pessoas que o apoiam e concordam com o que ele pensa. Sem contar que tem alguns aliados que sempre estão prontos a defendê-lo ou ajudá-lo a tirar o foco da sua incompetência administrativa.

Quem formou esse grupo foi ele, quem renovou contratos e trouxe jogadores veteranos foi ele. Usou uma estratégia absurda de trazer jogadores que fizeram história no clube independentemente da idade.

Na sua gestão, já passaram sete treinadores: Tiago Nunes, Vagner Mancini, Sylvinho, Vítor Pereira, Fernando Lázaro, Cuca e Vanderlei Luxemburgo.

Fez péssimas transações, como, por exemplo, dar o ótimo zagueiro Robert Renan (19 anos), que foi campeão sul-americano e vai jogar o Mundial sub-20, em troca do Yuri Alberto. Também foi nessa o Du Queiroz, e deu a prioridade ao Zenit pelo garoto Pedro, de 16 anos.

Desmoralizou toda a história do clube, culminando com os gritos homofóbicos da torcida que, em outros tempos, defendeu a inclusão.

Deveria ter coragem de dar uma entrevista coletiva para explicar para massa corintiana o que irá fazer para salvar o Corinthians. Mas a sua preocupação estava sendo tentar mudar o estatuto para se candidatar novamente.

Cansou de iludir a torcida com nomes que nem sabiam de um suposto interesse do clube. Cavani, Suárez e, agora, Everton Ribeiro. Ousou até citar Cristiano Ronaldo!

Passando para o time, achei absurda a estratégia tática totalmente defensiva que o Vanderlei usou contra o Atlético-MG na Copa do Brasil. Puxou o Galo para cima, demonstrando medo de jogar. Tanto que o lateral Mariano foi um segundo ponta, junto com o Pavon, enquanto o Róger Guedes virou um lateral junto com o Fábio Santos.

Renunciou atacar totalmente, sendo um time mais retranqueiro que as equipes que normalmente são consideradas pequenas.

Fagner, Gil e Fábio Santos, que acabou de renovar o contrato, além do Paulinho (apesar do passado vitorioso), não são mais jogadores para um time do porte do Corinthians. Yuri Alberto não segura uma bola na frente para o time sair de trás, ou seja, a bola bate e volta.

O Corinthians está praticamente fora da Libertadores e da Copa do Brasil, e precisa se organizar para começar a se distanciar da zona de rebaixamento.

Tenho 60 anos e acompanho o Corinthians desde 1970. Passei por uma parte dos 22 anos sem título e nunca vi um momento tão crítico na política e no futebol do clube. Está pior do que o ano em que caiu (2007), porque hoje uma boa parte dos jogadores são bons.

Tem algo a mais nessa história, porque esse mesmo elenco foi finalista da Copa do Brasil do ano passado e também foi quarto colocado no Brasileiro, se classificando direto para a Libertadores.

O que está havendo então? Desaprenderam de jogar futebol? Nenhum treinador se encaixa com esse elenco?

Para aqueles que estão reclamando que o Cuca deveria ter ficado (mesmo com a condenação por envolvimento num estupro), esquecem que com ele o time foi amassado em Goiás e só conseguiu fazer o segundo gol contra o Remo no último minuto dos acréscimos. Nos dois jogos com ele, o time jogou tão mal como está jogando agora.

O Duilio irá agir na janela do meio de ano ou só vai falar?

Duilio, pare de se esconder e faça seu papel com dignidade. Dê uma entrevista para esclarecer a situação do clube, porque os corintianos precisam e merecem uma explicação.

Agora o time terá pela frente Flamengo fora, Argentinos Juniors fora, Fluminense em casa e Atlético-MG em casa. Serão duas semanas cruciais para o Corinthians saber o tamanho do buraco em que se meteu.

Mas de uma coisa eu não tenho dúvida alguma: o Corinthians vai precisar reformular todo o elenco no final da temporada, e as avaliações não podem ser pelo histórico, por amizade e consideração, mas pelo talento e pela juventude.