Cerca de 200 torcedores do Corinthians compareceram à porta do CT Joaquim Grava nesta manhã de sábado para protestar contra a má fase do time. Na reta final da manifestação, o técnico Vanderlei Luxemburgo saiu para cumprimentar alguns corintianos e conversar com lideranças das organizadas.

Na conversa, Luxa pediu tempo para trabalhar e lembrou do início difícil dele no clube em 1998, quando foi campeão brasileiro. Os representantes das torcidas disseram que vão esperar uma reação, então, nos próximos jogos. Mas já deixaram claro que se os resultados não vierem, voltarão a protestar.

Agendada e divulgada nas redes sociais, a manifestação teve como principais alvos o presidente Duilio Monteiro Alves, o gerente de futebol Alessandro Nunes e os jogadores. Sobrou até para o preparador físico Flávio de Oliveira, que tornou-se alvo da Fiel.

O meia-atacante Luan, que não entra em campo há seis meses e treina separado do elenco, foi outro alvo dos torcedores, que pediram sua saída imediata. O jogador tem contrato até o fim do ano.

Com policiamento reforçado a pedido do Timão, o protesto ocorreu sem invasão ao CT, como em outras oportunidades. Em determinado momento, houve até tensão quando um dos torcedores subiu um muro para colocar uma faixa.

delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (DRADE) esteve no local para acompanhar. Ele intermediou as conversas para que Luxemburgo fosse até os torcedores. Escoltado por seguranças do clube e policiais, o técnico ouviu ao voltar para dentro do CT:

– Joga com raça que a Fiel está com você.

Em faixas espalhadas na entrada do CT, os torcedores expuseram suas insatisfações com o momento do Corinthians, que nesta temporada foi eliminado precocemente do Paulistão, teve dificuldade contra o Remo na Copa do Brasil e corre o risco de cair na fase de grupos da Conmebol Libertadores.

"Diretoria omissa", "Corinthians não é brincadeira", "time sem alma, sem vontade" e " muito dinheiro pra pouco futebol" foram algumas das frases estampadas nas faixas.