26/4/2023 13:38

Dirigentes que contrataram Cuca após a condenação falam sobre o caso e se justificam

Técnico do Timão foi condenado nos anos 80 e seguiu trabalhando normalmente

Dirigentes que contrataram Cuca após a condenação falam sobre o caso e se justificam
Crédito: Pedro Souza/Atlético-MG




Dirigentes que contrataram Cuca após a condenação falam sobre o caso e se justificam

Crédito: Pedro Souza/Atlético-MG


Crédito: Pedro Souza/Atlético-MG


O técnico Cuca chegou ao Corinthians na semana passada e convive com manifestações por parte da torcida, que não concordam com a chegada de um técnico condenado por estupro.


Cuca e mais três jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão por terem tido relação sexual com uma menina de 13 anos, na Suíça, em 1987. A condenação saiu em 1989, mas ela nunca foi cumprida.


Porém, após a condenação, Cuca sempre trabalhou normalmente. Seguiu sua carreira de jogador e posteriormente, como treinador. Passou por diversos times grandes e nunca houve nenhuma manifestação contrária.


O portal “UOL” entrou em contato com alguns dirigentes que contrataram o jogador e o treinador Cuca após a sua condenação, para entender se esse caso era debatido internamente.


Em 1992, após deixar o Grêmio, Cuca foi jogar no Palmeiras. Então, José Carlos Brunoro, dirigente do clube na época, disse que em nenhum momento isso foi comentado.


“Não me lembro disso, mas não houve problema quanto a isso porque parece que ele já tinha superado na parte legal. Mas não foi nem ventilado, pelo que me lembre. Não houve problema.”


No ano seguinte, em 1993, Cuca foi jogar no Santos. Marcelo Teixeira, mandatário do peixe na época, também disse que não lembrava do caso.


“Confesso não me recordar deste detalhe. Como o assunto é tão sério e grave, possivelmente deveria me lembrar. Como não me lembro, talvez na época os responsáveis pelo futebol não tenham citado o tema”, disse.


Cuca iniciou a sua carreira de treinador em 1998. No início, passou por times “pequenos”. Um de seus primeiros trabalhos grandes foi no Flamengo, em 2005.


Para o “UOL”, Márcio Braga, presidente do Flamengo na época, foi direto ao dizer que não sabia.


“Nada, nada. Não sabíamos”, explica o ex-presidente.


Depois, entre 2006 e 2008, o treinador foi dirigir o Botafogo, que alega também não saber de nada.


“Não [foi debatido]. O clube não sabia sobre o caso”, falou Manoel Renha, ex-dirigente do Botafogo.


Em 2008, deixou o Fogão e foi para o Santos. Na época, o presidente do Peixe era Marcelo Teixeira, o mesmo que contratou ele na época de jogador. A explicação, então, foi a mesma.


Em 2008, Cuca foi para o Fluminense, que também não sabia de nada.


“Não sabíamos, naquela época. Ao menos, eu não sabia de coisa alguma”, diz Roberto Horcades, ex-mandatário do Fluminense.


Em 2009 e 2010, ele treina novamente o Flamengo e o Fluminense. Já entre 2011 e 2013, dirigiu o Atlético-MG. Alexandre Kalil, que era presidente do Galo na época, não respondeu ao “UOL”.


Depois, Cuca vai para o futebol chinês e retorna em 2016 ao Brasil, para dirigir o Palmeiras, ficando até 2017. Maurício Galiotte, presidente do Verdão em 2017, também não respondeu ao portal.


Ao deixar o Palmeiras, Cuca assume o comando do Santos, em 2018. Então, pela primeira vez, um dirigente assumiu que sabia do caso. José Carlos Peres, presidente do Peixe na época, disse que tinha consciência do caso, mas acreditou na inocência do treinador.


O presidente disse que até contratou pessoas no exterior para apurar melhor o caso.


“Eu sabia, na época, que ele foi inocentado. Na época ele não foi [culpado]. A vítima diz que não reconhecia ele, disse ‘de jeito nenhum’. Ele foi inocentado no princípio do processo.”


“Contratamos ele duas vezes e ele fez um belo campeonato. É um grande técnico, pessoa maravilhosa. A informação que eu tinha na época é que outros jogadores do Grêmio estavam envolvidos e ele não. Contatamos gente no exterior e nos disseram que não tinha nada”, disse o dirigente, que contratou Cuca novamente, em 2020.


Entre as duas passagens pelo Santos, Cuca dirigiu o São Paulo, em 2019. Leco, mandatário do Tricolor na época, não respondeu à reportagem.


Em 2021, o treinador foi para o Atlético-MG, que também sabia do caso e sofreu com as primeiras manifestações públicas.


Na época, o Galo publicou uma nota sobre isso, dizendo que era um assunto superado.


“Sobre os antigos episódios envolvendo o nome do treinador, o clube entende que o assunto está superado, em face das últimas declarações dadas por ele. O Clube Atlético Mineiro afirma confiar no treinador, em suas palavras e, principalmente, em sua conduta”.



Todas as vezes que Cuca falou sobre o caso, ele afirma que é inocente.




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