A Justiça de São Paulo rejeitou um recurso do Corinthians sobre uma decisão que condenou o clube a quitar valores atrasados com a empresa Quartz Serviços Gerais, responsável pelo setor de limpeza das dependências do clube.

Em decisão publicada pela relatora Lígia Bisogni, da 23ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o tribunal rejeitou a defesa do clube, que tentou reverter a sentença que o condenou a quitar o restante do contrato.

O Corinthians havia conseguido se livrar de 7 das 10 parcelas de R$ 59,3 mil do contrato de confissão de dívida, mas não foi capaz de evitar o pagamento do restante. Então, apelou da decisão, alegando que a cobrança da empresa é indevida, pois a dívida já foi quitada.

Porém, a Justiça decidiu que a sentença deve ser preservada, pois entende que o valor ao qual o Corinthians alega ter pago é diferente do que é cobrado, além de não ter um recibo de comprovante. O clube também tentou que a empresa fosse multada, em vão.

A dívida das 3 parcelas restantes era de R$ 178 mil, mas como os atrasos são de 2017 e 2018, os valores atualizados com juros e correção chegam a R$ 644 mil, segundo a defesa da empresa.

O Corinthians, então, teve essa quantia bloqueada de suas contas bancárias, em penhora publicada na Justiça em fevereiro. Assim, o tribunal determinou que a quantia fosse transferida para uma conta judicial.

De acordo com os documentos do processo, foram bloqueados R$ 2,1 milhões das contas do clube, mas o juiz determinou que o valor excedente à dívida fosse desbloqueado.

A ação foi aberta no ano passado e, segundo a empresa, o Corinthians "encontra-se inadimplente há mais de 1.500 dias". A cobrança inicial da empresa era de cerca de R$ 1,8 milhão, mas a maior parte dessa cobrança foi rejeitada pelo tribunal.

O Corinthians foi procurado para comentar a sentença desfavorável, mas afirmou que não comenta os processos em nome do clube.