A segunda rodada do Brasileirão nem começou e tem recorde de troca de treinadores. Foram quatro mudanças nos últimos dias, algo jamais visto dentro do formato de pontos corridos – ou seja, desde 2003. A curiosidade é que esta edição 2023 da Série A começou com recorde de permanência dos técnicos, considerando o início dos estaduais e a primeira rodada do Nacional. Se dizem que o futebol é dinâmico, aqui no Brasil ainda não há termo para classificar o quão rápido acontecem as coisas.
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A "dança das cadeiras" aconteceu assim: Fernando Lázaro deixou de ser técnico do Corinthians e Cuca foi anunciado em seu lugar; o São Paulo demitiu Rogério Ceni e trouxe Dorival Júnior; enquanto o Coritiba trocou os Antônios (sai o português Oliveira, entra o brasileiro Carlos Zago) e o Flamengo fechou com Jorge Sampaoli para o lugar de Vitor Pereira.
Geralmente as demissões de treinadores no Brasil acontecem mediante pressões por resultados melhores. Ou seja: generalizando muito, a tendência é ver torcedores aliviados com a troca de comando, ou até mesmo comemorando a demissão do profissional. O problema costuma ser em reajustar as expectativas. Trocar de técnico não significa necessariamente que o seu time vai melhorar. Pode acontecer, pode não acontecer e às vezes a equipe até piora de rendimento...
Os últimos três técnicos do São Paulo tiveram aproveitamento quase idêntico, enquanto o Corinthians vive uma gangorra de melhora e piora entre as últimas demissões e contratações. Com Vitor Pereira, o Flamengo teve seus piores resultados desde o fim de 2018. Seja com linhas altas ou baixas, 4-4-2 ou 2-3-5, no final das contas é a vitória que importa. E no esporte não é todo mundo que ganha. Os resultados no futebol muitas vezes são construídos em detalhes microscópicos, nem sempre a culpa é de uma só pessoa, mas é mais fácil trocar o treinador e ver no que dá. De fato novo em fato novo, já foram seis mudanças de comandantes entre os times da Série A em 2023.
Coritiba: demitiu Antônio Oliveira, contratou Antônio Carlos Zago.
Cruzeiro: saiu Pezzolano, entrou Pepa.
Flamengo: saiu Vitor Pereira, entrou Sampaoli.
Goiás: demitiu Guto Ferreira.
São Paulo: demitiu Ceni, contratou Dorival.
Quem será o próximo?
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