Cuca colocou uma pedra no passado. O estupro de uma garota de 13 anos na Suíça em 1987 foi enterrado. O assunto foi resolvido internamente, com sua mulher e filhas. E não se toca mais no assunto.
Esse arranjo foi feito com a cumplicidade da sociedade. Ninguém tocou no assunto por anos. O que houve na Suíça ficou na Suíça. E Cuca fez uma boa carreira como jogador e uma grande carreira como técnico.
Mas as coisas mudaram. As placas tectônicas se mexeram. A sociedade é outra e o assunto, tal como um zumbi, deixou as entranhas da terra e voltou a assombrar.
Cuca, aos 60 anos, é cobrado pelo que fez aos 23. É justo? Até quando? Nunca mais pode trabalhar?
Tudo seria facilitado se ele encarasse o passado. Falasse de uma vez por todas o que aconteceu. Contasse como se arrependeu. Como convenceu a sua mulher - já era casado na época - a perdoá-lo, como conversou com suas filhas sobre o assunto. Se o arrependimento o levou a abraçar a religião.
Cuca precisa revisitar seu inferno particular, encarar seus fantasmas e tocar a vida em frente. A sociedade mudou e merece uma resposta.
Enquanto não fizer isso, Cuca não conseguirá seguir incógnito. Sempre haverá uma Genebra em sua vida.
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Deixa de ser pnc estagiário.
Quanta hipocrisia disfarçada de justiça.
Isso é só no Corinthians pois nos outros clubes ele deu títulos e campanhas memoráveis,mas como esse é o time com a torcida mais perfeita de todas ele não pode trabalhar pois os lacradores de plantão não sabem que um dia serão medidos com a mesma medida que usam pra medir o outro